A MUSA DA PRAIA (A VIDA)
Deambulante s'encontra nas finas areias daquela mística praia
Radiosa como uma deusa
Ou, quem sabe, uma sereia oriunda do mar
Seja nas manhãs da verão
Seja, então, nas tardes da primavera
Ou mesmo de qualquer estação
E assim segue ... ela (a vida)
Iluminada pelos fracos raios do sol crepuscular
Ao céu cinzento e semiaberto da estação
Simplesmente fantástica ... surreal
E o suave vento marinho a soprar-lhe
Afagando-lhe também os teus lindos cabelos negros
A massagear-lhe sua pele cor de ébano
Não há como não percebê-la
A não ser que morto s'esteja (sobretudo, para ela)
Quisera eu ser a maresia a tocar-lhe o teu belo corpo
Quisera eu ser as ondas do mar a esfregar suavemente a sua pele [macia]
Quisera eu ... tantas outras coisas
E o coração a pulsar cada vez mais
E o peito a vibrar [vivamente] ante aquela visão
Imagem real ou, talvez, não?
Sei lá!
Que viagem mística vê-la assim
Cujo desejo transcende minha compreensão
E transcende, pois, toda minha razão
E para que a razão quando o que vale na vida é contemplá-la
mesmo sem entendê-la?
Tal como fazem os místicos
Os quais amam a Deus, e só
Diferente dos teólogos que "precisam" sabê-lo
E nunca O amam
Daqui a pouco tudo o que vemos não mais s'haverá
Posto isto, não se pode perder tempo
Tristes, oh! dos que acham ser longa a vida
E protelam viver em sua real expressão
Amo-te, ó bela jovem
Cujo amor para mim é como as águas do oceano para os seus peixes
Pois sem elas, os peixes perecem
E amo ... a Vida
E visto que a amo somente isto me basta
Há vida na matéria
Sob a forma d'energia
E há [uma única energia] em tudo
Somos a Vida em uma de suas [tantas] expressões
O que vazio é na verdade pleno
Da existência [vital] que não deixa d'existir
E, portanto, não existe ... o nada
E na descoberta desta verdade me alegro
A deixar todo e qualquer medo ir embora
Percebo o céu nebuloso nest'hora
E co'ele m'encanto
E se agora vejo as nuvens, não direi que não mais existirão porque
não as verei depois
E assim a ser com tudo
A felicidade não "está" n'algum [específico] lugar
Ela está onde sempr'esteve:
Em todo o canto e lugar
E o que me impediria de te amar, então, ó minha musa?
Por favor, ó minha bela
Estendes para mim a tua mão
E caminhemos para além do que os nossos olhos possam ver
Para além do horizonte
Para além de nós mesmos...
15 de setembro de 2024
ILUSTRAÇÕES: IMAGENS POR MIM TRABALHADAS COM EDITORES ESPECÍFICOS
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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
A MUSA DA PRAIA (A VIDA)
Deambulante s'encontra nas finas areias daquela mística praia
Radiosa como uma deusa
Ou, quem sabe, uma sereia oriunda do mar
Seja nas manhãs da verão
Seja, então, nas tardes da primavera
Ou mesmo de qualquer estação
E assim segue ... ela (a vida)
Iluminada pelos fracos raios do sol crepuscular
Ao céu cinzento e semiaberto da estação
Simplesmente fantástica ... surreal
E o suave vento marinho a soprar-lhe
Afagando-lhe também os teus lindos cabelos negros
A massagear-lhe sua pele cor de ébano
Não há como não percebê-la
A não ser que morto s'esteja (sobretudo, para ela)
Quisera eu ser a maresia a tocar-lhe o teu belo corpo
Quisera eu ser as ondas do mar a esfregar suavemente a sua pele [macia]
Quisera eu ... tantas outras coisas
E o coração a pulsar cada vez mais
E o peito a vibrar [vivamente] ante aquela visão
Imagem real ou, talvez, não?
Sei lá!
Que viagem mística vê-la assim
Cujo desejo transcende minha compreensão
E transcende, pois, toda minha razão
E para que a razão quando o que vale na vida é contemplá-la
mesmo sem entendê-la?
Tal como fazem os místicos
Os quais amam a Deus, e só
Diferente dos teólogos que "precisam" sabê-lo
E nunca O amam
Daqui a pouco tudo o que vemos não mais s'haverá
Posto isto, não se pode perder tempo
Tristes, oh! dos que acham ser longa a vida
E protelam viver em sua real expressão
Amo-te, ó bela jovem
Cujo amor para mim é como as águas do oceano para os seus peixes
Pois sem elas, os peixes perecem
E amo ... a Vida
E visto que a amo somente isto me basta
Há vida na matéria
Sob a forma d'energia
E há [uma única energia] em tudo
Somos a Vida em uma de suas [tantas] expressões
O que vazio é na verdade pleno
Da existência [vital] que não deixa d'existir
E, portanto, não existe ... o nada
E na descoberta desta verdade me alegro
A deixar todo e qualquer medo ir embora
Percebo o céu nebuloso nest'hora
E co'ele m'encanto
E se agora vejo as nuvens, não direi que não mais existirão porque
não as verei depois
E assim a ser com tudo
A felicidade não "está" n'algum [específico] lugar
Ela está onde sempr'esteve:
Em todo o canto e lugar
E o que me impediria de te amar, então, ó minha musa?
Por favor, ó minha bela
Estendes para mim a tua mão
E caminhemos para além do que os nossos olhos possam ver
Para além do horizonte
Para além de nós mesmos...
15 de setembro de 2024