ESPERANÇA
Boneco de barro
Pandeiro nas mãos
Coco quebrado
Arrasta-pés no salão.
Distante de tudo
Nem rádio, nem televisão
Mente preservado, nada de invasão
Olho da janela, ouço o canto do azulão.
Nas terras do meu sertão a esperança ainda não pereceu
O céu está nublado, ainda não choveu
Enxada nas mãos, covas cavadas e plantas no chão
Nada de fogo, preservação.