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CERTEZAS VERSUS DÚVIDAS

 

Na vida ...

Não sei o que é certo

Muito menos o que verdadeiro seja

 

"Verdadeiras infalíveis"?

Eis que muitas defendi

E convicto de inúmeras [eu] fui

Mas hoje, oh! disto me arrependi

Até porque não eram "minhas verdades"

Eram dos outros (às quais tomei para mim)

 

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Pois é ...

Chega a ser ridículo alguém dizer que "acredita" n'uma certeza que não pode ser provada

Principalmente "verdades alheias"

Quando em seu íntimo [ele] duvida

E, portanto, mente para si próprio

Ou, o que é pior:

Em afirmar aos quatro ventos [de] qu'está convencido d'alguma "certeza temporal ou mundana"

Ou mesmo de achar que é "pecado" duvidar

É simplesmente uma grande bobagem!

 

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Certo no tempo e na vida

Só as "certezas matemáticas"

Porém, a "vida" não s'enquadra a nenhuma equação aritmética

E foge de todo e qualquer silogismo

Pelo tanto que [ela] é contraditória

Ao que digo ser a vida um interessante paradoxo

E o que não dizer do "tempo"!?

A se concluir:

Aqui não há certeza alguma

Na verdade, nenhuma

 

Escondidas "incertezas" às quais sempre comigo estiveram

E, quem sabe, deixei-as ... despercebidas

Mas qu'então ficaram na memória guardadas 

Faz-se preciso abandoná-las

Todavia, é preciso ... coragem!

 

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Quem nos "adestrou" a odiar a "dúvida"?

Malditas religiões que a todos ensinam ser a dúvida um sinal de ausência de "fé"

Mas, "fé" é outra coisa

E, a meu ver, ter dúvida não significa não ter fé

E eu, particularmente, odeio o que se chama "fé cega"

 

Certeza!

Quantas vezes em ti confiei

Quantas vezes em ti apostei

Quantas vezes minha cara [eu] quebrei

 

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Dúvida!

Por tanto que em ti praguejei

Por não me indicar qual caminho, e assim me hesitei

(e, por medo [de errar] não avancei)

Eis que injustamente a ti odiei

 

Hoje, sou macaco velho ... da vida

Do tanto que já caminhei

Tenho minha alma prevenida

Bendigo agora todas minhas dúvidas

E não dou ouvidos às minhas certezas

 

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E pelo que não tenho certeza ... de nada

E, sobretudo, pelo que duvido ... de tudo

Não é que caminho sem medo?

Sim, mesmo sem [de nada] saber

Negando minhas antigas certezas

Amando [agora] minhas dúvidas

 

12 de setembro de 2024

 

IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

CERTEZAS VERSUS DÚVIDAS

 

Na vida ...

Não sei o que é certo

Muito menos o que verdadeiro seja

 

"Verdadeiras infalíveis"?

Eis que muitas defendi

E convicto de inúmeras [eu] fui

Mas hoje, oh! disto me arrependi

Até porque não eram "minhas verdades"

Eram dos outros (às quais tomei para mim)

 

Pois é ...

Chega a ser ridículo alguém dizer que "acredita" n'uma certeza que não pode ser provada

Principalmente "verdades alheias"

Quando em seu íntimo [ele] duvida

E, portanto, mente para si próprio

Ou, o que é pior:

Em afirmar aos quatro ventos [de] qu'está convencido d'alguma "certeza temporal ou mundana"

Ou mesmo de achar que é "pecado" duvidar

É simplesmente uma grande bobagem!

 

Certo no tempo e na vida

Só as "certezas matemáticas"

Porém, a "vida" não s'enquadra a nenhuma equação aritmética

E foge de todo e qualquer silogismo

Pelo tanto que [ela] é contraditória

Ao que digo ser a vida um interessante paradoxo

E o que não dizer do "tempo"!?

A se concluir:

Aqui não há certeza alguma

Na verdade, nenhuma

 

Escondidas "incertezas" às quais sempre comigo estiveram

E, quem sabe, deixei-as ... despercebidas

Mas qu'então ficaram na memória guardadas 

Faz-se preciso abandoná-las

Todavia, é preciso ... coragem!

 

Quem nos "adestrou" a odiar a "dúvida"?

Malditas religiões que a todos ensinam ser a dúvida um sinal de ausência de "fé"

Mas, "fé" é outra coisa

E, a meu ver, ter dúvida não significa não ter fé

E eu, particularmente, odeio o que se chama "fé cega"

 

Certeza!

Quantas vezes em ti confiei

Quantas vezes em ti apostei

Quantas vezes minha cara [eu] quebrei

 

Dúvida!

Por tanto que em ti praguejei

Por não me indicar qual caminho, e assim me hesitei

(e, por medo [de errar] não avancei)

Eis que injustamente a ti odiei

 

Hoje, sou macaco velho ... da vida

Do tanto que já caminhei

Tenho minha alma prevenida

Bendigo agora todas minhas dúvidas

E não dou ouvidos às minhas certezas

 

E pelo que não tenho certeza ... de nada

E, sobretudo, pelo que duvido ... de tudo

Não é que caminho sem medo?

Sim, mesmo sem [de nada] saber

Negando minhas antigas certezas

Amando [agora] minhas dúvidas

 

12 de setembro de 2024

Anonymous Real
Enviado por Anonymous Real em 12/09/2024
Reeditado em 12/09/2024
Código do texto: T8149919
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