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SEJA FEITA A TUA VONTADE, OU SERIA ... A MINHA?

 

“O meu corpo é um jardim, a minha vontade o seu jardineiro”

(William Shakespeare)

 

O movimento que leva a vida, embora esta não o conheça (ou quem realmente seja) 

A ser d'uma força tal

E a leva ... para não sei onde

Mas leva

 

A vontade

Dominadora potência

Humana ou sobre-humana?

Não sei

 

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Em cuja tamanha ação se tem sobre [todos] nós

A que por vezes tanto ignoramos outra força (potência) que temos:

O entendimento

Que embora seja "leve" em su'essência, é-lhe pesado par'alma

 

O que dá valor ao que tanto queremos?

E não há quem não queira nada nest'exílio

Pelo que alguns, por querer dele fugir, eis que querem, sim, alguma coisa

Que neste caso é justamente ... fugir

 

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E assim repito:

O que dá ânimo" ao nossos desejos?

Seria a luz do conhecimento ou seria a cegueira das paixões (ou mesmo ambos)?

E seria possível saber “lucidamente” tudo o que aqui desejamos?

"Tudo" ... eu duvido

 

Ó suprema inteligência do Universo

Quisera eu poder ter sempre sobre a vontade a luz do entendimento

Em que, por segui-la não ofenderia a Vida para então não colher sobre mim

nenhum amargor ou sofrimento

 

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E quem aqui vos ama realmente, ó Vida, a que vos louva em função de todos

seus movimentos?

Com efeito, só as almas humildes é que assim o fazem

Contra as outras qu’escravas são de sua soberba e orgulho, por buscarem para

si mesmas a vanglória e a pretensão de tudo

 

Oh! Quanto se iludem neste tempo o qual lhes tira... tudo!

E nest'hora eu fico a meditar:

Se o Homem, sendo mortal, não é humilde, tento-o imaginar como [ele] seria 

caso fosse imortal!

E se ele não ama no tempo, acaso amaria na eternidade com o "entendimento" que lhe guia?

Ou, acredito, ser justamente este cego entendimento o qual tanto o desvirtua

 

Não, não sabem o que é amar a Vida de verdade

Uma vez a só buscarem no tempo os consolos que as mentiras lhes dão

Todavia, oh, que pena! estas não persistem para sempre

No que de tudo o que antes lhes ofertavam gozo, em breve só lhes dão

(e sempre darão) “choro e ranger de dentes”

 

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A vontade...

E, também, o entendimento

Duas supremas energias e potências

Presentes da Vida?!

 

E neste instante, fico-me a indagar, a lembrar-me igualmente o grande Schopenhauer :

Como seria o mundo se não existisse a vontade?

Deliciaria o paladar da alma os sabores que hoje a tentam caso ausente estivesse

a vontade?

Não, decerto [que] nada deteria a alma

Nem cois’alguma a tornaria cativa

Nós [que] colocamos nossos prazeres no que talvez não mereçam nosso coração...!

Talvez???

Ah! Com certeza o coração é digno de muito mais, embora não sabemos

E por isso corremos atrás de migalhas...

E, portanto, regozijamo-nos quando as temos, mas nos afligimos quando nos faltam!

 

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Oh! Desgraçado fado o de nosso existir

Em que com tanto engano e vaidade se apega

Quem sabe, por não conhecermos a real essência do que amamos

(Ou acreditamos que amamos!)

E por quem ou por quê?

Simplesmente pela “vontade” de querer e desejar o que diz se amar

 

Sendo assim, talvez o mal não s’esteja propriamente na vontade

Mas, sim, no cego entendimento que movimenta a alma e a rege no tempo

 

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Vontade, vontade, vontade ...

Como são vazias [nas almas de tantos] as palavras quando se é dito (e, com certeza,

da boca pra fora):

“Seja feita a tua vontade!”

 

12 de setembro de 2024

 

IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

SEJA FEITA A TUA VONTADE, OU SERIA ... A MINHA?

 

“O meu corpo é um jardim, a minha vontade o seu jardineiro”

(William Shakespeare)

 

O movimento que leva a vida, embora esta não o conheça (ou quem realmente seja) 

A ser d'uma força tal

E a leva ... para não sei onde

Mas leva

 

A vontade

Dominadora potência

Humana ou sobre-humana?

Não sei

 

Em cuja tamanha ação se tem sobre [todos] nós

A que por vezes tanto ignoramos outra força (potência) que temos:

O entendimento

Que embora seja "leve" em su'essência, é-lhe pesado par'alma

 

O que dá valor ao que tanto queremos?

E não há quem não queira nada nest'exílio

Pelo que alguns, por querer dele fugir, eis que querem, sim, alguma coisa

Que neste caso é justamente ... fugir

 

E assim repito:

O que dá ânimo" ao nossos desejos?

Seria a luz do conhecimento ou seria a cegueira das paixões (ou mesmo ambos)?

E seria possível saber “lucidamente” tudo o que aqui desejamos?

"Tudo" ... eu duvido

 

Ó suprema inteligência do Universo

Quisera eu poder ter sempre sobre a vontade a luz do entendimento

Em que, por segui-la não ofenderia a Vida para então não colher sobre mim

nenhum amargor ou sofrimento

 

E quem aqui vos ama realmente, ó Vida, a que vos louva em função de todos

seus movimentos?

Com efeito, só as almas humildes é que assim o fazem

Contra as outras qu’escravas são de sua soberba e orgulho, por buscarem para

si mesmas a vanglória e a pretensão de tudo

 

Oh! Quanto se iludem neste tempo o qual lhes tira... tudo!

E nest'hora eu fico a meditar:

Se o Homem, sendo mortal, não é humilde, tento-o imaginar como [ele] seria 

caso fosse imortal!

E se ele não ama no tempo, acaso amaria na eternidade com o "entendimento" que lhe guia?

Ou, acredito, ser justamente este cego entendimento o qual tanto o desvirtua

 

Não, não sabem o que é amar a Vida de verdade

Uma vez a só buscarem no tempo os consolos que as mentiras lhes dão

Todavia, oh, que pena! estas não persistem para sempre

No que de tudo o que antes lhes ofertavam gozo, em breve só lhes dão

(e sempre darão) “choro e ranger de dentes”

 

A vontade...

E, também, o entendimento

Duas supremas energias e potências

Presentes da Vida?!

 

E neste instante, fico-me a indagar, a lembrar-me igualmente o grande Schopenhauer :

Como seria o mundo se não existisse a vontade?

Deliciaria o paladar da alma os sabores que hoje a tentam caso ausente estivesse

a vontade?

Não, decerto [que] nada deteria a alma

Nem cois’alguma a tornaria cativa

Nós [que] colocamos nossos prazeres no que talvez não mereçam nosso coração...!

Talvez???

Ah! Com certeza o coração é digno de muito mais, embora não sabemos

E por isso corremos atrás de migalhas...

E, portanto, regozijamo-nos quando as temos, mas nos afligimos quando nos faltam!

 

Oh! Desgraçado fado o de nosso existir

Em que com tanto engano e vaidade se apega

Quem sabe, por não conhecermos a real essência do que amamos

(Ou acreditamos que amamos!)

E por quem ou por quê?

Simplesmente pela “vontade” de querer e desejar o que diz se amar

 

Sendo assim, talvez o mal não s’esteja propriamente na vontade

Mas, sim, no cego entendimento que movimenta a alma e a rege no tempo

 

Vontade, vontade, vontade ...

Como são vazias [nas almas de tantos] as palavras quando se é dito (e, com certeza,

da boca pra fora):

“Seja feita a tua vontade!”

 

12 de setembro de 2024

Anonymous Real
Enviado por Anonymous Real em 12/09/2024
Reeditado em 12/09/2024
Código do texto: T8149763
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