De repente a dor da perda,
Faz nos enfraquecer n'alma.
O tempo muitas vezes é rápido demais,
Outras vezes, custa passar.
A dor de cabeça, a ânsia que mexe com o estômago.
O desejo de ficar só.
E, a busca da morte de si mesma.
A vida, que me deixa viver, por viver,
Sem entender o que ela agora me representa.
A nostalgia de apenas escrever.
E, esquecer que o mundo está em chamas.
A clama de Deus, mas sem ouvirmos,
Pois, somos surdos na nossa mesquinhez.
O tempo, que vivo,
A morte sempre andou presente.
Ao nascer, o cordão umbilical envolvente,
Aos 4 anos, a cirurgia de 12 horas de um refluxo urinário.
E, aos quinze, uma apendicite que por mais uma hora não estaria ali.
E, a pré eclâmpsia que quase levou eu e mais dois.
E, ainda assim, nos pensares da vida,
Busco minha amiga.
Não sei o que fazer agora.
O tempo, me apavora.
Até na escrita, antes era mais bonita, e ritmica.
Hoje os pensares são outros.
Oculto a mim mesma,
E, me mostro na bipolaridade que se formou,
Após a dor da partida de mamãe.
Meu alicerce, meu rumo,
Num resumo que não sei mais ser feliz!
Teka Mendes Castro
SP 10 de setembro de 2024.
Saudades da minha mãe.