10 de Setembro - Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio
O Setembro Amarelo, apesar de importante, muitas vezes passa despercebido. É como um problema que as pessoas evitam, como se fosse uma sombra em meio a outros problemas sociais, que chamam mais atenção.
Talvez falar sobre a dor silenciosa ainda seja um desafio, um tabu que muitos preferem ignorar. As consequências disso, além das trágicas que nós conhecemos, já vimos nas mídias ou nos jornais, também dizem respeito à falta de mobilização social para resolver o problema. Por exemplo, por que não há serviço de saúde mental público que consiga atender a todos que precisam? Por que, apesar de ser um problema cada vez mais crescente na sociedade, as políticas públicas ainda não são suficientes? Porque falta mobilização da sociedade. E essa falta de mobilização surge da indiferença e da invisibilidade de um problema sério e que merece atenção: A saúde mental, ou a falta dela. O suicídio, por trás das estatísticas frias, carrega histórias de vidas que se perderam no abismo da desesperança, e essa realidade nos assusta. O medo de encarar a fragilidade humana e a incompreensão em torno da saúde mental fazem com que essa campanha seja abafada pelo silêncio. Vivemos em uma sociedade que valoriza a aparência de força, na qual admitir sofrimento parece uma fraqueza. A mídia, as instituições, todos nós ainda temos dificuldade em abrir espaço para discutir o que incomoda, o que dói de verdade. E assim, o Setembro Amarelo se torna invisível, escondido nos corredores onde gritos de socorro se camuflam. Mas é justamente nesse silêncio que precisamos acender a luz do cuidado, do acolhimento e da empatia. Porque cada vida importa, cada dor merece ser ouvida.
Josy Maria