A simplicidade do Amor
"É tão simples amar! É lindo quando amamos e conhecemos tão bem o outro, não é? É maravilhoso amadurecer em uma relação sadia e perene. Da mesma forma que tudo é tão lindo, igualmente, chega a ser sombrio e simultaneamente doloroso quando conhecemos o outro tão bem que vemos, percebemos e sentimos quando o outro, silenciosamente, já não é, já não está e já escolheu outro caminho; um caminho diferente do seu. E há algo ainda mais lindo, ainda mais leve, ainda mais dolorido, ainda mais sombrio, ainda mais belo e ainda mais assustador: a felicidade intensa da compreensão, da aceitação, da maturidade do momento em que o amor maduro e consciente de hoje, apenas deixa o outro ainda mais livre ou para seguir em frente com a sua escolha silenciosa, ou para permanecer encontrando outros tipos e formas de felicidade que pode continuar existindo na relação que se faz presente; ou, há algo ainda mais repleto de belezas assustadoramente inexplicáveis: o momento de conversar abertamente e com maturidade e lealdade sobre tudo que se sente e percebe, sobre tudo que se quer, deixando que o outro seja ouvido de forma leve e sem julgamentos, fazendo com que o outro se vá honesta e livremente e com muita segurança, levando consigo tudo que pôde aprender para que possa livremente encontrar outras felicidades diferentes, em lugares diferentes, em momentos diferentes, com outra pessoa diferente, abdicando da relação que deixa de existir a dois para que se enraize - ainda mais - o carinho, o respeito e a lealdade permanentes do amor constante, leve e maduro e livre que se aprofundou bem mais desde o primeiro olhar, do amor primeiro que sempre terá gratidão por tudo que se viveu, do amor que sempre existirá, do amor que sempre será e subsistirá na lealdade, na liberdade e na maturidade que sempre existiu sem promessas e expectativas vãs... É, de fato, amar nunca foi tão simples..."
CjMaciel Camázi