A RELIGIÃO NUNCA TEM RAZÃO

A ética do conhecimento , o sujeito epistêmico , ou seja, aquele que deduz a partir dos nuances ou detalhes , sendo estes fósseis ou escritos feitos por pessoas reais num diagnóstico confiável , partindo de um conjunto em que está a oralidade , a composição dos “fatos” , juntamente as ideias destes vinculadas a cultura, ora local , também na generalidade de determinados territórios, na repetição mimética de ambos , os que colonizam ou povoam e aqueles que assim tornam-se escravos , depois conquistados, terminando por desejar aquilo que antes era seu martírio, agora fazendo parte de sua história.

Toda esta estrutura que permeia a linguagem, formando uma diversidade , que em alguns casos tem diferenças significantes pela origem, fazem parte do raciocínio e só podem navegar no campo da lógica do conhecimento, abstendo-se de indicar um “fechamento sobrenatural” a todo caso.

A literatura abrange ideias e fatos da nossa história e do cotidiano, mas é ficcional mesclando alegorias da fantasia primitiva, dos medos herdados que perpassam o subconsciente, tornando-se depois consciente e a normalidade disso é o inconsciente que não pode se materializar, abrigando fantasmas com todas as nossas tendências a loucura ou alienação.

A razão na religião é normativa e instrutiva para a ordenação nas categorias da literatura e por isso o indivíduo tem de passar por “provas, que nada mais são que manipulação ostensiva no abuso autorizado da repetição, na dobra categórica da ilusão que chega ao prazer de se auto enganar diariamente.

O cansaço se torna um “romance apreendido na alma” e a ideia de livrar-se deste determina a existência da religião.

Na natureza não existem códigos morais, tão pouco é natural querer nossos desejos nela. O que na verdade acontece, inclusive na domesticação é o “Reino da Vontade” humana, usando seu poderoso raciocínio para refletir o inalcançável bem estar da eternidade. Somos mortais, iguais ao mundo e ao cosmos. Mas somos racionais antes de tudo, e aquilo que deixa de fazer sentido, pode matar , mesmo estando vivo ,como também libertar, sem que saibamos que a liberdade é o simples desejo de viver naturalmente .

Não há nada que não seja a mesma ideia bestial do epicurismo em defender ou ser “naturalista” , vegano e etc. Os gregos já faziam isso, mas não davam nomes esquisitos e muito menos se agrupavam em bandos. Menos ainda, acreditavam os antigos , antes da idade média, que abraçar a imundice era ser humilde, pois, temos fraquezas no organismo.

E aqueles que vivem na marginalidade, convivem com dores , da mesma forma que o indivíduo encontra no “celibato” seu descanso confuso e doente.