Palavras de um doido russo.
Quando a morte finalmente se aproximar, direi que já suportei uma tristeza incessante em cada amanhecer, um peso de angústias e sofrimentos que ecoam pelas horas como as sombras de um romance de Dostoiévski. Cada madrugada tem sido uma dolorosa meditação sobre a solidão e o vazio, como se minha vida estivesse tecida com os temas que permeiam um romance de Rostov e a melancolia contemplativa das letras de Kino. Este ciclo interminável de dor e reflexão me leva a questionar o sentido de minha existência e a inevitabilidade do fim, mergulhando em um sofrimento que ressoa com a profundidade do conceito de eternidade, como se cada momento fosse uma busca incessante por um alívio que permanece sempre fora de alcance.