Prova dos Nove
ACHO que todas as pessoas mais adestradas nos anos, véios como eu, já ouviram muitas histórias inusitadas, algumas fantasiosas, outras verdadeiras. Um desses causos verdade me foi contado por um grande amigo que já está no andar de cima. Um cara muito sincero e que nunca foi flagrado mentindo. Era um sujeito que dava muita sorte com as mulheres. Pois bem, o caso foi o seguinte: chegou na nossa cidade uma mulher muito bonita para trabalhar numa reoartiçao pública. Detalhe: essa mulher só usava calça comprida, mas tinha um corpo arretado. Ele botou o olho nela e ela nele. Namoraram e, claro, foram a várias noitadas. Numa delas foram para a cama. Lá depois dos afagos de praxe ela tirou a calça comprida, o sujeito já aceso em dado momentos viu uma ferida, que a gente chamava pereba, no peito da perna dela. Ele sentiu a repercussão do fato. Ela riu amarga e disse que devia ter lhe prevenido, que estava fazendo um tratamento e começou a vestir a calça comprida. O amigo não deixou e transaram a torto e a direito. Depois ela foi para outro estado e perderam o contato. Mas ele sempre me dizia que tinha sido a melhor mulher com quem fizeram amor. Acreditei. William Porto. Inté.