Peso Opressivo do Desconforto
Acordo, novo dia
Já me ataca a alergia
Com o céu cheio de cinzas
O país está em ruínas
O caos gira em torno
Através de um suborno
Manchetes da manhã gritam na imprensa
Que começa a caçada e a recompensa
Em uma rua sem saída, me perco na neblina
Busco ouvir meus eus no breu
Perco de vista o que me acalma
E o cheiro da fumaça exala
E se vivo nesta neblina
Não enxergo o palmo além da minha rotina
Que, por mais que seja repentina
Consome e bloqueia meu atrioventricular
O ar está pesado e espesso
Entre cinzas e sombras, de repente me vejo
Estão colocando fogo no formigueiro