PERCEBER SEM DESEJAR, É POSSÍVEL?
E eis o que escrito s’encontra na Bíblia, pelo que o Divino Mestre disse:
“Qualquer que olhar para uma mulher e desejar possuí-la, já cometeu
adultério [co’ela] em seu coração”
Ou, n’outra tradução:
“Todo aquele que olhar para uma mulher com intenção impura, eis que
em seu coração cometeu adultério”
Oh! Se é dito que aquele que olhar para uma mulher com desejo libidinoso
comete adultério em seu coração, acredito que o único homem que não foi
adúltero (desta forma) é aquele que nasceu cego
Ou então, é aquele a ser anatomicamente do sexo masculino (e que tem seus olhos),
mas ... não “é homem”
Oh, prefiro ter uma postura reservada quanto a isto
Porém, acredito que não estou errado
Admirar ... sem cobiçar
E só
E contemplar com prazer, e mais nada
É possível?
Mesmo sem entender [na faculdade de co’alegria ver] este "porquê"
E, deste modo, d’alma qu’enlevada está ... poder, então, apreciar
E muito s’encantar com o que vê
Ou mesmo, em função de sua forma e imagem ... se deslumbrar
E, portanto, se fascinar
Mas, sem (conforme foi dito) ... cobiçar ou desejar
Pergunto-vos novamente:
É possível?
Pois é!
Mas não é que, às vezes olhamos “sem querer” (naturalmente)?
Sim, sem nenhuma intenção de querer d’algo “tomar posse”
Ao que espontaneamente se fazem nossos olhos (em seus sutis movimentos)
E de maneira ... inconsciente
Onde a mente não desejou o que processado nela foi
A partir, pois, do sentido da visão!
Na verdade, ela nem “procurou” o qu’em dada hora vê
Pelo que [a ela] simplesmente ... apareceu
Amaria alguém unicamente com os olhos o que diante deles se passa e logo mais
vai embora?
Apreciaria a beleza do que a eles tanto encantam sem o apego vindo da vontade?
Ou mesmo sem que haja o domínio d’um apetite a lhe pedir sua posse?
E, portanto, sem “querer”, mesmo qu’extasiada esteja ... a vista?
(Ou a mente, sei lá!)
E por que não?
E por que acreditaria alguém que não se pode observar uma beleza sem desejá-la?
Quem olhos puros tenha pode, sim, se dar a esta atitude:
De apreciar [com liberdade]
E, deste modo, não será escravo do que lhe apraz [a vista]
Ao que não obcecará a mente pela tentação de querer ter a formosura do que viu
E vê apenas por ver (sem precisar tomar [para si] sua posse)
Sim, sem desejar que seja, pois, sua “propriedade”
Oh! Felizes os que sabem admirar tudo ... sem que a “vontade” macule o seu ato
E nem querem explicação alguma pela magia do que lhe atraiu a vista
E mesmo que em algo n’ele se fixe, deixará partir quando, então, este terá de ir
Afinal, tudo o que n’uma hora aparece haverá de ir embora
(Pelo que precisa ir)
Sim, é preciso “conviver” com o que aos olhos se mostram
E permitir que se vá no momento em que deve partir
Até mesmo para poder perceber outras formas e belezas
Não ter, portanto, obsessão ou um apego (exagerado ou não) por nada
E, principalmente, por ninguém
Se o que ou a quem vê e percebes (com prazer) agora, apenas veja e perceba
E mais nada
E agradeça a Deus por este presente (esta generosa graça)
A contemplar e admirar com a alma [em silêncio]
Ou, pelo menos, aprenda a ser deste modo
Ah! Não há liberdade maior quando, então, s’encontra “assim” a visão
Embora, verdade seja dita que às vezes (e não são poucas) um estranho sentimento
se faz n’alma pelo que muito a excita
Ao que lhe veio do ato da percepção d’uma hora
Algo que lhe chamou (mais que outro) su’atenção
E ardentemente lhe invade pel’ânsia de o ter
Ser-lhe-ia em tais tempos o indício (ou real evidência) de que su’alma está ... “carente”?
Seria a prova de que “vazia”, então, a estaria?
E, destarte, vede-a a sentir uma estranha “necessidade”
do que aos olhos em tal grau a deliciam
Ou, nestas horas, vede a comprovar que “viva” realmente [a alma] está
E o que [irresistivelmente] fará?
Sem dúvida, ir atrás de seu alimento é o que mais lhe importa
E tudo o mais d’antes vale pouco
Ou menos que isto
Isto é: nada
E em disparada segue a buscar o que mais lhe dá (pelo menos, naquel’hora) alegria
Ou, n’outras palavras, ved’então a [pobre] alma estar ... “apaixonada”
Perguntei-lhe, pois, se aliviada se sentirá [a alma] após sua conquista
Mesmo qu’esteja a buscar [incansavelmente] por uma ilusão ou uma mentira
E ela me diz que sim
Só que não!
Nossa mente é um saco sem fundo
Onde após um tempo se enfarará do que luta pelo que tanto deseja em “seu agora”
E amanhã certamente irá se distrair com outra coisa
É verdade!
Oh! É preciso compreender os movimentos do coração
Para não se ser vítima de seus enganos
Todavia, quem [aqui] p conhecerá?
26 de agosto de 2024
IMAGENS: MODELOS DA “VIXEN MAGAZINE” , SENDO POR MIM TRABALHADAS COM EDITORES GRÁFICOS
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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
PERCEBER SEM DESEJAR, É POSSÍVEL?
E eis o que escrito s’encontra na Bíblia, pelo que o Divino Mestre disse:
“Qualquer que olhar para uma mulher e desejar possuí-la, já
cometeu adultério [co’ela] em seu coração”
Ou, n’outra tradução:
“Todo aquele que olhar para uma mulher com intenção impura, eis que
em seu coração cometeu adultério”
Oh! Se é dito que aquele que olhar para uma mulher com desejo libidinoso
comete adultério em seu coração, acredito que o único homem que não foi
adúltero (desta forma) é aquele que nasceu cego
Ou então, é aquele a ser anatomicamente do sexo masculino (e que tem seus olhos),
mas ... não “é homem”
Oh, prefiro ter uma postura reservada quanto a isto
Porém, acredito que não estou errado
Admirar ... sem cobiçar
E só
E contemplar com prazer, e mais nada
É possível?
Mesmo sem entender [na faculdade de co’alegria ver] este "porquê"
E, deste modo, d’alma qu’enlevada está ... poder, então, apreciar
E muito s’encantar com o que vê
Ou mesmo, em função de sua forma e imagem ... se deslumbrar
E, portanto, se fascinar
Mas, sem (conforme foi dito) ... cobiçar ou desejar
Pergunto-vos novamente:
É possível?
Pois é!
Mas não é que, às vezes olhamos “sem querer” (naturalmente)?
Sim, sem nenhuma intenção de querer d’algo “tomar posse”
Ao que espontaneamente se fazem nossos olhos (em seus sutis movimentos)
E de maneira ... inconsciente
Onde a mente não desejou o que processado nela foi
A partir, pois, do sentido da visão!
Na verdade, ela nem “procurou” o qu’em dada hora vê
Pelo que [a ela] simplesmente ... apareceu
Amaria alguém unicamente com os olhos o que diante deles se passa e logo mais
vai embora?
Apreciaria a beleza do que a eles tanto encantam sem o apego vindo da vontade?
Ou mesmo sem que haja o domínio d’um apetite a lhe pedir sua posse?
E, portanto, sem “querer”, mesmo qu’extasiada esteja ... a vista?
(Ou a mente, sei lá!)
E por que não?
E por que acreditaria alguém que não se pode observar uma beleza sem desejá-la?
Quem olhos puros tenha pode, sim, se dar a esta atitude:
De apreciar [com liberdade]
E, deste modo, não será escravo do que lhe apraz [a vista]
Ao que não obcecará a mente pela tentação de querer ter a formosura do que viu
E vê apenas por ver (sem precisar tomar [para si] sua posse)
Sim, sem desejar que seja, pois, sua “propriedade”
Oh! Felizes os que sabem admirar tudo ... sem que a “vontade” macule o seu ato
E nem querem explicação alguma pela magia do que lhe atraiu a vista
E mesmo que em algo n’ele se fixe, deixará partir quando, então, este terá de ir
Afinal, tudo o que n’uma hora aparece haverá de ir embora
(Pelo que precisa ir)
Sim, é preciso “conviver” com o que aos olhos se mostram
E permitir que se vá no momento em que deve partir
Até mesmo para poder perceber outras formas e belezas
Não ter, portanto, obsessão ou um apego (exagerado ou não) por nada
E, principalmente, por ninguém
Se o que ou a quem vê e percebes (com prazer) agora, apenas veja e perceba
E mais nada
E agradeça a Deus por este presente (esta generosa graça)
A contemplar e admirar com a alma [em silêncio]
Ou, pelo menos, aprenda a ser deste modo
Ah! Não há liberdade maior quando, então, s’encontra “assim” a visão
Embora, verdade seja dita que às vezes (e não são poucas) um estranho sentimento
se faz n’alma pelo que muito a excita
Ao que lhe veio do ato da percepção d’uma hora
Algo que lhe chamou (mais que outro) su’atenção
E ardentemente lhe invade pel’ânsia de o ter
Ser-lhe-ia em tais tempos o indício ou (real evidência) de que su’alma está ... “carente”?
Seria a prova de que “vazia”, então, a estaria?
E, destarte, vede-a a sentir uma estranha “necessidade”
do que aos olhos em tal grau a deliciam
Ou, nestas horas, vede a comprovar que “viva” realmente [a alma] está
E o que [irresistivelmente] fará?
Sem dúvida, ir atrás de seu alimento é o que mais lhe importa
E tudo o mais d’antes vale pouco
Ou menos que isto
Isto é: nada
E em disparada segue a buscar o que mais lhe dá (pelo menos, naquel’hora) alegria
Ou, n’outras palavras, ved’então a [pobre] alma estar ... “apaixonada”
Perguntei-lhe, pois, se aliviada se sentirá [a alma] após sua conquista
Mesmo qu’esteja a buscar [incansavelmente] por uma ilusão ou uma mentira
E ela me diz que sim
Só que não!
Nossa mente é um saco sem fundo
Onde após um tempo se enfarará do que luta pelo que tanto deseja em “seu agora”
E amanhã certamente irá se distrair com outra coisa
É verdade!
Oh! É preciso compreender os movimentos do coração
Para não se ser vítima de seus enganos
Todavia, quem [aqui] p conhecerá?
26 de agosto de 2024