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PERCEBER SEM DESEJAR, É POSSÍVEL?

 

E eis o que escrito s’encontra na Bíblia, pelo que o Divino Mestre disse:

“Qualquer que olhar para uma mulher e desejar possuí-la, já cometeu

adultério [co’ela] em seu coração”

Ou, n’outra tradução:

“Todo aquele que olhar para uma mulher com intenção impura, eis que

em seu coração cometeu adultério”

 

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Oh! Se é dito que aquele que olhar para uma mulher com desejo libidinoso

comete adultério em seu coração, acredito que o único homem que não foi

adúltero (desta forma) é aquele que nasceu cego

Ou então, é aquele a ser anatomicamente do sexo masculino (e que tem seus olhos),

mas ... não “é homem”

Oh, prefiro ter uma postura reservada quanto a isto

Porém, acredito que não estou errado 

 

1709955.jpg

 

Admirar ... sem cobiçar

E só

E contemplar com prazer, e mais nada

É possível?

Mesmo sem entender [na faculdade de co’alegria ver] este "porquê"

E, deste modo, d’alma qu’enlevada está ... poder, então, apreciar

E muito s’encantar com o que vê

Ou mesmo, em função de sua forma e imagem ... se deslumbrar

E, portanto, se fascinar

Mas, sem (conforme foi dito) ... cobiçar ou desejar

Pergunto-vos novamente:

É possível?

 

1709956.jpg

 

Pois é!

Mas não é que, às vezes olhamos “sem querer” (naturalmente)?

Sim, sem nenhuma intenção de querer d’algo “tomar posse”

Ao que espontaneamente se fazem nossos olhos (em seus sutis movimentos)

E de maneira ... inconsciente

Onde a mente não desejou o que processado nela foi

A partir, pois, do sentido da visão!

Na verdade, ela nem “procurou” o qu’em dada hora vê

Pelo que [a ela] simplesmente ... apareceu

 

1709957.jpg

 

Amaria alguém unicamente com os olhos o que diante deles se passa e logo mais

vai embora?

Apreciaria a beleza do que a eles tanto encantam sem o apego vindo da vontade?

Ou mesmo sem que haja o domínio d’um apetite a lhe pedir sua posse?

E, portanto, sem “querer”, mesmo qu’extasiada esteja ... a vista?

(Ou a mente, sei lá!)

E por que não?

E por que acreditaria alguém que não se pode observar uma beleza sem desejá-la?

 

1709958.jpg

 

Quem olhos puros tenha pode, sim, se dar a esta atitude:

De apreciar [com liberdade]

E, deste modo, não será escravo do que lhe apraz [a vista]

Ao que não obcecará a mente pela tentação de querer ter a formosura do que viu

E vê apenas por ver (sem precisar tomar [para si] sua posse)

Sim, sem desejar que seja, pois, sua “propriedade”

 

1709959.jpg

 

Oh! Felizes os que sabem admirar tudo ... sem que a “vontade” macule o seu ato

E nem querem explicação alguma pela magia do que lhe atraiu a vista

E mesmo que em algo n’ele se fixe, deixará partir quando, então, este terá de ir

Afinal, tudo o que n’uma hora aparece haverá de ir embora

(Pelo que precisa ir)

 

1709960.jpg

 

Sim, é preciso “conviver” com o que aos olhos se mostram

E permitir que se vá no momento em que deve partir

Até mesmo para poder perceber outras formas e belezas

Não ter, portanto, obsessão ou um apego (exagerado ou não) por nada

E, principalmente, por ninguém

 

1709961.jpg

 

Se o que ou a quem vê e percebes (com prazer) agora, apenas veja e perceba 

E mais nada

E agradeça a Deus por este presente (esta generosa graça)

A contemplar e admirar com a alma [em silêncio]

Ou, pelo menos, aprenda a ser deste modo

Ah! Não há liberdade maior quando, então, s’encontra “assim” a visão

 

1709962.jpg

 

Embora, verdade seja dita que às vezes (e não são poucas) um estranho sentimento

se faz n’alma pelo que muito a excita

Ao que lhe veio do ato da percepção d’uma hora

Algo que lhe chamou (mais que outro) su’atenção

E ardentemente lhe invade pel’ânsia de o ter

 

1709963.jpg

 

Ser-lhe-ia em tais tempos o indício (ou real evidência) de que su’alma está ... “carente”?

Seria a prova de que “vazia”, então, a estaria?

E, destarte, vede-a a sentir uma estranha “necessidade”

do que aos olhos em tal grau a deliciam

 

1709964.jpg

 

Ou, nestas horas, vede a comprovar que “viva” realmente [a alma] está

E o que [irresistivelmente] fará?

Sem dúvida, ir atrás de seu alimento é o que mais lhe importa

E tudo o mais d’antes vale pouco

Ou menos que isto

Isto é: nada

E em disparada segue a buscar o que mais lhe dá (pelo menos, naquel’hora) alegria

Ou, n’outras palavras, ved’então a [pobre] alma estar ... “apaixonada”

 

1709965.jpg

 

Perguntei-lhe, pois, se aliviada se sentirá [a alma] após sua conquista

Mesmo qu’esteja a buscar [incansavelmente] por uma ilusão ou uma mentira

E ela me diz que sim

Só que não!

 

1709966.jpg

 

Nossa mente é um saco sem fundo

Onde após um tempo se enfarará do que luta pelo que tanto deseja em “seu agora”

E amanhã certamente irá se distrair com outra coisa

É verdade!

 

1709968.jpg

 

Oh! É preciso compreender os movimentos do coração

Para não se ser vítima de seus enganos

Todavia, quem [aqui] p conhecerá?

 

1709967.jpg

 

26 de agosto de 2024

 

IMAGENS: MODELOS DA “VIXEN MAGAZINE” , SENDO POR MIM TRABALHADAS COM EDITORES GRÁFICOS

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

PERCEBER SEM DESEJAR, É POSSÍVEL?

 

E eis o que escrito s’encontra na Bíblia, pelo que o Divino Mestre disse:

“Qualquer que olhar para uma mulher e desejar possuí-la, já

cometeu adultério [co’ela] em seu coração”

Ou, n’outra tradução:

“Todo aquele que olhar para uma mulher com intenção impura, eis que

em seu coração cometeu adultério”

 

Oh! Se é dito que aquele que olhar para uma mulher com desejo libidinoso

comete adultério em seu coração, acredito que o único homem que não foi

adúltero (desta forma) é aquele que nasceu cego

Ou então, é aquele a ser anatomicamente do sexo masculino (e que tem seus olhos),

mas ... não “é homem”

Oh, prefiro ter uma postura reservada quanto a isto

Porém, acredito que não estou errado 

 

Admirar ... sem cobiçar

E só

E contemplar com prazer, e mais nada

É possível?

Mesmo sem entender [na faculdade de co’alegria ver] este "porquê"

E, deste modo, d’alma qu’enlevada está ... poder, então, apreciar

E muito s’encantar com o que vê

Ou mesmo, em função de sua forma e imagem ... se deslumbrar

E, portanto, se fascinar

Mas, sem (conforme foi dito) ... cobiçar ou desejar

Pergunto-vos novamente:

É possível?

 

Pois é!

Mas não é que, às vezes olhamos “sem querer” (naturalmente)?

Sim, sem nenhuma intenção de querer d’algo “tomar posse”

Ao que espontaneamente se fazem nossos olhos (em seus sutis movimentos)

E de maneira ... inconsciente

Onde a mente não desejou o que processado nela foi

A partir, pois, do sentido da visão!

Na verdade, ela nem “procurou” o qu’em dada hora vê

Pelo que [a ela] simplesmente ... apareceu

 

Amaria alguém unicamente com os olhos o que diante deles se passa e logo mais

vai embora?

Apreciaria a beleza do que a eles tanto encantam sem o apego vindo da vontade?

Ou mesmo sem que haja o domínio d’um apetite a lhe pedir sua posse?

E, portanto, sem “querer”, mesmo qu’extasiada esteja ... a vista?

(Ou a mente, sei lá!)

E por que não?

E por que acreditaria alguém que não se pode observar uma beleza sem desejá-la?

 

Quem olhos puros tenha pode, sim, se dar a esta atitude:

De apreciar [com liberdade]

E, deste modo, não será escravo do que lhe apraz [a vista]

Ao que não obcecará a mente pela tentação de querer ter a formosura do que viu

E vê apenas por ver (sem precisar tomar [para si] sua posse)

Sim, sem desejar que seja, pois, sua “propriedade”

 

Oh! Felizes os que sabem admirar tudo ... sem que a “vontade” macule o seu ato

E nem querem explicação alguma pela magia do que lhe atraiu a vista

E mesmo que em algo n’ele se fixe, deixará partir quando, então, este terá de ir

Afinal, tudo o que n’uma hora aparece haverá de ir embora

(Pelo que precisa ir)

 

Sim, é preciso “conviver” com o que aos olhos se mostram

E permitir que se vá no momento em que deve partir

Até mesmo para poder perceber outras formas e belezas

Não ter, portanto, obsessão ou um apego (exagerado ou não) por nada

E, principalmente, por ninguém

 

Se o que ou a quem vê e percebes (com prazer) agora, apenas veja e perceba 

E mais nada

E agradeça a Deus por este presente (esta generosa graça)

A contemplar e admirar com a alma [em silêncio]

Ou, pelo menos, aprenda a ser deste modo

Ah! Não há liberdade maior quando, então, s’encontra “assim” a visão

 

Embora, verdade seja dita que às vezes (e não são poucas) um estranho sentimento

se faz n’alma pelo que muito a excita

Ao que lhe veio do ato da percepção d’uma hora

Algo que lhe chamou (mais que outro) su’atenção

E ardentemente lhe invade pel’ânsia de o ter

 

Ser-lhe-ia em tais tempos o indício ou (real evidência) de que su’alma está ... “carente”?

Seria a prova de que “vazia”, então, a estaria?

E, destarte, vede-a a sentir uma estranha “necessidade”

do que aos olhos em tal grau a deliciam

 

Ou, nestas horas, vede a comprovar que “viva” realmente [a alma] está

E o que [irresistivelmente] fará?

Sem dúvida, ir atrás de seu alimento é o que mais lhe importa

E tudo o mais d’antes vale pouco

Ou menos que isto

Isto é: nada

E em disparada segue a buscar o que mais lhe dá (pelo menos, naquel’hora) alegria

Ou, n’outras palavras, ved’então a [pobre] alma estar ... “apaixonada”

 

Perguntei-lhe, pois, se aliviada se sentirá [a alma] após sua conquista

Mesmo qu’esteja a buscar [incansavelmente] por uma ilusão ou uma mentira

E ela me diz que sim

Só que não!

 

Nossa mente é um saco sem fundo

Onde após um tempo se enfarará do que luta pelo que tanto deseja em “seu agora”

E amanhã certamente irá se distrair com outra coisa

É verdade!

 

Oh! É preciso compreender os movimentos do coração

Para não se ser vítima de seus enganos

Todavia, quem [aqui] p conhecerá?

 

26 de agosto de 2024

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 26/08/2024
Reeditado em 26/08/2024
Código do texto: T8137235
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