Sentir-se preso é como estar em uma cela cujas chaves estão no próprio bolso, mas as correntes são douradas...

O brilho do ouro que atrai, que dá prazer momentâneo, agora pesa como uma âncora que impede o voo.

O vento já não sopra mais como antes, o que antes era uma brisa que acalmava a mente, tornou-se um deserto sem oásis à vista.

Havia um tempo em que o prazer parecia simples, à mão, mas agora a corrente que guiava perdeu o brilho.

O desejo, antes uma chama intensa, agora mal reluz.

Aquela faísca que se buscava longe de casa se apagou, deixando apenas um vestígio.

E o que sobrou foi um eco distante, um murmúrio do que um dia fez o coração acelerar.

A estrada percorrida, antes atrativa, agora revela um caminho onde o calor se dissipou.

E o corpo, cansado, se encontra em um vazio que não se preenche mais.

 

 

JFonsi
Enviado por JFonsi em 24/08/2024
Código do texto: T8136023
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