Carta de vidro

Sob o manto noturno coberto pelo cintilar de centelhas perdidas entre o próximo e o longe, um lobo de papel permanece a quebrar. Em meio ao cair da chuva de fragmentos do espelho feito do coração a refletir o próprio reflexo diante de si, um corvo de vitral permanecer a se perder. No caminho de cartas de vidro quebradas, um coração de estilhaços permanece a entre sonhos navegar, enquanto afundar no mar sem água. Criatura sem reflexo que não tem nenhum lugar, continua a se perder em se um coração amaldiçoado ao silêncio pode além alcançar e um lar encontrar. Fera de pedaços de vidro, em companhia da música perdida, entre crepúsculos permanece a habitar e na ausência de som sonhar continua a buscar.