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QUAL A RAZÃO E O SENTIDO DA VIDA?

 

Querer encontrar um sentido de algo para tudo ... e de tudo

é, antes de tudo, algo sem sentido?

Talvez

Mas, desta forma seguem os que perscrutam as formas, tentando entendê-las

Sem saber como tudo se cria e forma

Embora a grande maioria vive sem nada questionar

E, portanto, vivem ... “de qualquer forma”

E vivem apenas ... por viver!

 

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Sim, qual a razão e qual o sentido de nossas vidas?

Qual seria a autêntica resposta ... da maioria?

Uma vida sem sentido e sem razão [nenhuma]

Uma vida, portanto, “vazia”!

E cada qual a se proteger em sua “fronteira”:

Sua religião, sua ideologia, seu partido político, seus ridículos credos

(Seus brinquedos ... no tempo-mundo)

 

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Quem neste mundo o queira “transcender” a querer, sobretudo, “ser mais”

do que o que nos foi adestrado a crer?

Quem corajoso o suficiente aqui o queira ser para que negue a falsa realidade

do “psicológico tempo” que infecta nossa mente, e, assim, dela fuja?

Nest’exílio [em que nel’estamos] a querer que sejamos tudo, menos nós mesmos

 

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É verdade ...

Quase ninguém sente necessidade alguma de entender a vida

E menos ainda em querer ser ... “mais”

E vivem (como antes foi dito) “por viver”, apenas

E, sei lá se é por isso, eis que vivem talvez melhor dos que se empenham

em querer entendê-la, será?

Se for verdade, felizes os ignorantes, então ...!

Ah! Deixa quieto

 

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Quando eu era menino eu só vivia

E mais nada

Inteligência “temporal” ainda [em mim] não havia

E de tudo o que a mim se chegava, eu somente sentia

Não, não precisava do uso de nenhum raciocínio lógico para nada

E contava unicamente co’a minha percepção ... em tudo

 

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A vida (oh, não!) não necessitava de nenhum “porquê”

Não m’esforcei para decorar nenhum substantivo concreto

Todavia, todos armazenados ficaram em minha memória

(Bem como em todo mundo)

E apesar de tantos em minha cabeça, minh’alma silenciosa era

É verdade

 

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E na juventude me deparei com centenas de substantivos abstratos

Destes que ninguém sabe nada [sobr’eles]

E visto que caí na bobagem de querer compreendê-los, foi embora

[o que antes era] a bênção do silêncio d’outrora

Sim, a partir dest’hora a minha cabeça ficou por demais “barulhenta” e inquieta

 

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Acho interessante como muitos nem desconfiam das verdades que lhes ensinam

E tudo aceitam [sem questionar, sem investigar, e, principalmente sem ... duvidar]

E assim são praticamente todos a vida inteira (menos eu):

Repletos de “certezas alheias”

(Oh! Deus me livre delas!)

E de “verdades sagradas” das quais não se pode duvidar

É proibido

E dependendo do lugar d'onde s'está pode lhe ser aplicado até a pena de morte

Sim ...

Caso alguém não [as] aceite será considerado um “herege”

 

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Herege!

Ora, pois! ...

Talvez seja [isto] o qu’eu sou

Pelo que desconfiado sou ... de tudo

Até mesmo de Deus

Ou, mais certo dizer seria: do “deus” que tentam me convencer a seu respeito

Este irreal “deus” [com “D” minúsculo mesmo]

 

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E agora eu tomo a liberdade d’expor dois fatos de minha infância

Tentei questionar minha catequista que se Jesus morreu n’uma sexta-feira, então

ele deveria ressuscitar na segunda-feira e não no domingo

Já que foi dito que seria no terceiro dia após sua morte

Ou então, ele foi crucificado n’uma quinta-feira

E o que ela me disse?

- Não são coisas que precisam ser “entendidas”, mas apenas aceitas

Pois é!

Nunca m’esqueci [de] tais palavras

 

1709210.jpg

 

E outro [trágico] fato o qual ficou em minha memória foi quando eu perguntei para o

meu pai a razão de meu pinto subir e inchar todas as vezes que via uma mulher pelada

(nas revistas dele mesmo, as quais guardava escondido de mim e de meus irmãos)

E o que ele me disse?

Simplesmente nada, e ficou só rindo da minha cara

É isso mesmo, meu amigo!

Sou do tempo que aos filhos era ensinado que viemos da cegonha!

Maldita “educação”!

 

1709211.jpg

 

E então?!

Se eu insistisse com a catequista, ela não teria a devida e satisfatória resposta [a me dar]

Se eu falasse para o padre [o que havia perguntado para o meu pai], ele me diria que eu iria

para o inferno se [eu] ficasse vendo revista de mulher pelada

Ah! E pensar que as revistas daquele tempo não mostravam “nada”

(Comparadas com o que vemos hoje na Internet)

 

1709212.jpg

 

Pois é!

Com o tempo percebi que eu só podia contar comigo mesmo

E com mais ninguém

E que as “verdades” que nos contam no tempo são, na verdade, mentiras e enganos

 

1709213.jpg

 

Quem compreende o que realmente é a vida se revolta com tudo o que antes lhe

fora ensinado

E dá as costas a tudo o que a partir des’hora lhe dizem

E, se formos analisar bem, perdemos muito tempo com fábulas e mil mentiras

 

1709205.jpg

 

E hoje, a única coisa que eu quero é ... “celebrar a vida”

E mais nada

Com total liberdade e insolência, despindo-me de todas as regras

Sim ...

Degustar de um bom vinho com imenso prazer, até ficar bêbado

Dançar aos acordes da vida em sua mística sinfonia

Inebriar-me nos braços d'uma mulher fogosa e assanhada

E sentir toda a fogueira de sua volúpia

E poder gozar sem nenhum sentimento de culpa

Ou, resumindo: a única coisa que me importa [agora] é ... ser feliz

 

1709218.jpg

 

Pois então, e qual a melhor “certeza” para “se aplicar” à vida?

Nenhuma

Neste mundo onde tudo é incerto, afastemos de nós nossas antigas e nefastas

“certezas” do tempo

Elas não ajudaram (nem ajudam) nada e a ninguém

E viva a vida ... sem medo

 

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21 de agosto de 2024

 

ILUSTRAÇÕES: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR E TRABALHADAS COM PROGRAMAS DE EDIÇÃO DE IMAGENS

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

QUAL A RAZÃO E O SENTIDO DA VIDA?

 

Querer encontrar um sentido de algo para tudo ... e de tudo

é, antes de tudo, algo sem sentido?

Talvez

Mas, desta forma seguem os que perscrutam as formas, tentando entendê-las

Sem saber como tudo se cria e forma

Embora a grande maioria vive sem nada questionar

E, portanto, vivem ... “de qualquer forma”

E vivem apenas ... por viver!

 

Sim, qual a razão e qual o sentido de nossas vidas?

Qual seria a autêntica resposta ... da maioria?

Uma vida sem sentido e sem razão [nenhuma]

Uma vida, portanto, “vazia”!

E cada qual a se proteger em sua “fronteira”:

Sua religião, sua ideologia, seu partido político, seus ridículos credos

(Seus brinquedos ... no tempo-mundo)

 

Quem neste mundo o queira “transcender” a querer, sobretudo, “ser mais”

do que o que nos foi adestrado a crer?

Quem corajoso o suficiente aqui o queira ser para que negue a falsa realidade

do “psicológico tempo” que infecta nossa mente, e, assim, dela fuja?

Nest’exílio [em que nel’estamos] a querer que sejamos tudo, menos nós mesmos

 

É verdade ...

Quase ninguém sente necessidade alguma de entender a vida

E menos ainda em querer ser ... “mais”

E vivem (como antes foi dito) “por viver”, apenas

E, sei lá se é por isso, eis que vivem talvez melhor dos que se empenham

em querer entendê-la, será?

Se for verdade, felizes os ignorantes, então ...!

Ah! Deixa quieto

 

Quando eu era menino eu só vivia

E mais nada

Inteligência “temporal” ainda [em mim] não havia

E de tudo o que a mim se chegava, eu somente sentia

Não, não precisava do uso de nenhum raciocínio lógico para nada

E contava unicamente co’a minha percepção ... em tudo

 

A vida (oh, não!) não necessitava de nenhum “porquê”

Não m’esforcei para decorar nenhum substantivo concreto

Todavia, todos armazenados ficaram em minha memória

(Bem como em todo mundo)

E apesar de tantos em minha cabeça, minh’alma silenciosa era

É verdade

 

E na juventude me deparei com centenas de substantivos abstratos

Destes que ninguém sabe nada [sobr’eles]

E visto que caí na bobagem de querer compreendê-los, foi embora

[o que antes era] a bênção do silêncio d’outrora

Sim, a partir dest’hora a minha cabeça ficou por demais “barulhenta” e inquieta

 

Acho interessante como muitos nem desconfiam das verdades que lhes ensinam

E tudo aceitam [sem questionar, sem investigar, e, principalmente sem ... duvidar]

E assim são praticamente todos a vida inteira (menos eu):

Repletos de “certezas alheias”

(Oh! Deus me livre delas!)

E de “verdades sagradas” das quais não se pode duvidar

É proibido

E dependendo do lugar d'onde s'está pode lhe ser aplicado até a pena de morte

Sim ...

Caso alguém não [as] aceite será considerado um “herege”

 

Herege!

Ora, pois! ...

Talvez seja [isto] o qu’eu sou

Pelo que desconfiado sou ... de tudo

Até mesmo de Deus

Ou, mais certo dizer seria: do “deus” que tentam me convencer a seu respeito

Este irreal “deus” [com “D” minúsculo mesmo]

 

E agora eu tomo a liberdade d’expor dois fatos de minha infância

Tentei questionar minha catequista que se Jesus morreu n’uma sexta-feira, então

ele deveria ressuscitar na segunda-feira e não no domingo

Já que foi dito que seria no terceiro dia após sua morte

Ou então, ele foi crucificado n’uma quinta-feira

E o que ela me disse?

- Não são coisas que precisam ser “entendidas”, mas apenas aceitas

Pois é!

Nunca m’esqueci [de] tais palavras

 

E outro [trágico] fato o qual ficou em minha memória foi quando eu perguntei para o

meu pai a razão de meu pinto subir e inchar todas as vezes que via uma mulher pelada

(nas revistas dele mesmo, as quais guardava escondido de mim e de meus irmãos)

E o que ele me disse?

Simplesmente nada, e ficou só rindo da minha cara

É isso mesmo, meu amigo!

Sou do tempo que aos filhos era ensinado que viemos da cegonha!

Maldita “educação”!

 

E então?!

Se eu insistisse com a catequista, ela não teria a devida e satisfatória resposta [a me dar]

Se eu falasse para o padre [o que havia perguntado para o meu pai], ele me diria que eu iria

para o inferno se [eu] ficasse vendo revista de mulher pelada

Ah! E pensar que as revistas daquele tempo não mostravam “nada”

(Comparadas com o que vemos hoje na Internet)

 

Pois é!

Com o tempo percebi que eu só podia contar comigo mesmo

E com mais ninguém

E que as “verdades” que nos contam no tempo são, na verdade, mentiras e enganos

 

Quem compreende o que realmente é a vida se revolta com tudo o que antes lhe

fora ensinado

E dá as costas a tudo o que a partir des’hora lhe dizem

E, se formos analisar bem, perdemos muito tempo com fábulas e mil mentiras

 

E hoje, a única coisa que eu quero é ... “celebrar a vida”

E mais nada

Com total liberdade e insolência, despindo-me de todas as regras

Sim ...

Degustar de um bom vinho com imenso prazer, até ficar bêbado

Dançar aos acordes da vida em sua mística sinfonia

Inebriar-me nos braços d'uma mulher fogosa e assanhada

E sentir toda a fogueira de sua volúpia

E poder gozar sem nenhum sentimento de culpa

Ou, resumindo: a única coisa que me importa [agora] é ... ser feliz

 

Pois então, e qual a melhor “certeza” para “se aplicar” à vida?

Nenhuma

Neste mundo onde tudo é incerto, afastemos de nós nossas antigas e nefastas

“certezas” do tempo

Elas não ajudaram (nem ajudam) nada e a ninguém

E viva a vida ... sem medo

 

21 de agosto de 2024

 

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 21/08/2024
Reeditado em 21/08/2024
Código do texto: T8133663
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