Reflexões sobre o pós morte

Há uma coisa das testemunhas de Jeová que eu nunca me esqueci

Eles não acreditam na alma (que eu lembre), pra eles, após a morte, a "chama se apaga". Até hoje tenho a imagem da vela apagada, impressa nos livrinhos deles, coisa que vi em 2013.

Desde então (não literalmente após o episódio, vocês entenderam), eu penso a mesma coisa. Não me preocupo com o que virá após a morte. A alma que sou hoje irá se apagar.

Se há algo após a morte? Só vou saber depois de morrer, mas não me preocupo com o que haverá.

Primeiramente, se houver, eu imagino que eu ainda sim, não serei a eu que conheço hoje. Pode até carregar algo que eu fui, mas jamais será a eu de hoje. A eu de hoje vive na terra, há carne envolvida em sua alma, há gente por perto. A eu depois da morte não será a eu que conheço hoje.

Seja maior, menos, existente ou não. Essa próxima etapa simplesmente não me interessa.

Mas acabei de pensar numa boa analogia.

Sabe quando você vai numa festa de aniversário e volta com um bocadinho de cada comida que teve na festa? Aqueles pratinhos clássicos misturando doces e salgados no chantily do bolo.

A vida pós a morte é a refeição que você faz depois.

Um PF cheio, perfeito e gostoso. O pratinho da festa é a sobremesa. Você o carrega, petisca, mas faz parte do passado.

Aquela festa se foi, há ali com você, por pouco tempo, uma breve lembrança física da festa, somente.

O que você carrega no prato foi sua refeição principal anteriormente, hoje, sua refeição principal foi o PF que você montou/recebeu.

Minhas analogias são muito específicas, mas acho que deu pra entender.

Clinton
Enviado por Clinton em 21/08/2024
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