Me tinta
Indígena Kamakã dos olhos de lume,
Encanto do mar, pintura que sabe pintar.
Sorriso remidor do pragmatismo que a vida tem.
Na nuance que é tua, diante da lua! Me diga!
Como é teu corpo nu no breu
Iluminado pela luz que entra pela fresta da janela?
É tão quente quanto sente minha mente?
E teu beijo? Tem sabor de jabuticaba daquelas que a gente colhe no pé?
Teu corpo é licor? Daqueles que se eu beber hoje,
Vai me embriagar desde ontem?
Se me tocar com a tua nudez, viva e pulsante,
Vai me fazer ter a cor da tinta do teu corpo?
Enquanto isso, te olho e te vejo,
Exalando o cheiro da paz que eu desejo!