Me tinta

Indígena Kamakã dos olhos de lume,

Encanto do mar, pintura que sabe pintar.

Sorriso remidor do pragmatismo que a vida tem.

Na nuance que é tua, diante da lua! Me diga!

Como é teu corpo nu no breu

Iluminado pela luz que entra pela fresta da janela?

É tão quente quanto sente minha mente?

E teu beijo? Tem sabor de jabuticaba daquelas que a gente colhe no pé?

Teu corpo é licor? Daqueles que se eu beber hoje,

Vai me embriagar desde ontem?

Se me tocar com a tua nudez, viva e pulsante,

Vai me fazer ter a cor da tinta do teu corpo?

Enquanto isso, te olho e te vejo,

Exalando o cheiro da paz que eu desejo!

Antonio Leandro Fagundes Sarno
Enviado por Antonio Leandro Fagundes Sarno em 20/08/2024
Reeditado em 21/09/2024
Código do texto: T8133368
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