CONTEMPLANDO E SENTINDO A VIDA
Criada imagem (eu creio) ond’esculpida se faz naquela praia
Beleza real?!
Não, não sei s’existe de fato ou tão somente seria [minha] criação mental
E d’onde, pois, viria se não for realmente ... da Terra?
Não sei
E pouco me interessa saber
Afastado do mundo (quando bem quero), mas não da vida
Visto que se deste modo fizesse, morta minh’alma estaria
Sim, é preciso estar vivo, mas não apenas biologicamente
Faz-se absolutamente necessário estar vivo “essencialmente”
Ser vivo, então
E, portanto, conforme disse, desligo-me de quando em quando, de tudo
“Saindo de férias” do caos do mundo
Que bom!
Embora sempre retornando
E faço isto sem levar comigo expectativas nem planos
Deixando a vida “desancorada e à deriva” nesta minh’aventura
E sem almejar alguma proposital ventura ou conhecido objetivo
Permitindo, como se diz, “a vida me levar”
Vinha aos [meus] olhos, pelo qu’eu naquel’instante percebia
Ou, sei lá se eram eles – os olhos – apenas porta de meu cérebro
Todavia, eis que [formosa] se aproximava e, portanto, vinha
Não sei o que é subjetivo [neste mundo] pelo que irreal seria, talvez
E muito menos sei o qu’existe “de verdade”
Na verdade, ninguém sabe
E destarte, ninguém sabe o que é objetivo (verdadeiro)
Mas [todos] cremos que realmente seja o que agradável se faz à vista
E ela – a vista – ainda que míope seja se deleita de prazer
E longe d’estar silente a alma, vede que “sacudida” s’encontra
Embora não tanto em função do “canto da sereia”
Mas, sim, de sua incrível imagem e forma
Feitiço de “Maya”?
Quem sabe?!
As ondas se movimentam no bailar de seu vai-e-vem
É simplesmente fantástico aquele cenário
Sim, e no teatro de Deus, vede ali um dos mais belos “atos”
E, creio eu, a beleza está, principalmente, porque ela muda o tempo todo
E tudo nos chama a contemplá-la
E tudo nos convida a assisti-la
E sei lá se a Vida é a “diretora” daquele roteiro
Ou se livres são os personagens [n’atuação de seus papeis]
Ou seja, se podemos fazer o que quisermos [no cenário em que nel’estamos]
Mística beleza a que pintada está na real tela do mundo
E “rabiscada” se faz no longo trajeto do tempo
Como a se ver nas pegadas de quem segue pela vasta praia
Uma suave brisa a soprar seus compridos cabelos naquel’instante
A massagear sua pele com os respingos oriundos d’oceano
E a maresia onde inalada [aos sentidos] se faz [a vir d’horizonte]
Debaixo daquele céu claro, ainda que um pouco enevoado
Tudo perfeito
Magnífico
E mágico
Surreal
Qual sob um efeito lisérgico
Tenho pena daqueles que deixam ir embora a graça da vida
(Que a todos de graça vem)
Tenho dó daqueles que precisam pagar caro por fugacidades do mundo
Destas que a todos perenidade promete, mas logo que chegam também escapam
E a estes [tais] abandonam frustrados
A deixá-los tão tristes
Viver é estar consciente na hora em qu’está vivo
E vivem mais aqueles que despertos no tempo se acham
Da verdade que por vezes estamos dormindo
E nestas horas deixamos fugir ... a vida
É preciso estar [sempre] conectado co’a natureza
E perceber todo o seu encanto e beleza
E descobrir [n’ela] a sua mística comunicação [conosco] e com tudo
A magia que aos olhos enfeitiçam
Pode durar, quiçá, um breve momento
Ou talvez não
Caso a fique na memória eis qu’então perdura e não escapole
Na vida e no tempo, às vezes a realidade se mistura ao desejo
(Ou mesmo vai ao seu encontro)
Do real que, quando misericordioso é, se oferece ao nosso “querer”
Visto que ele sabe (mais que nós mesmos) de nossas necessidades afetivas
Todavia, seria de fato preciso saber se o que a Vida nos agracia é real?
Tolos os que procuram respostas para tudo
Até mesmo para as alegrias (quando elas lhes veem)
Como perdem tempo!
Admirar todo o seu esplendor e magnificência
E somente isto
É o que vale
Sentir em suas figuras um pouco do que é também o poder da Vida
(No que ela é capaz de produzir ... e reproduzir ...a tod’hora)
Enxergar co’alegria sua suntuosidade e seu brilho
E sem achar que isto seria pecado
Já que é o que, infelizmente, procuram nos adestrar as merdas das religiões:
Negar o prazer
Mesmo que estes venham a pertencer aos olhos somente
E não tanto ... ao tato
A alegria pagã do mundo
É, sem dúvida, uma incrível delícia
Mas tão combatida é pela hipócrita moralidade dos que religiosos se acham
(Só que não!)
O verdadeiro religioso é aquele que a tudo percebe sem se açoitar pela culpa
E vê beleza e pureza mesmo onde outros só veem maldade, delito e pecado
Caminha ela – o espectro da beleza - solitária pela praia dos mares do sul
A banhar-se do calor de sua estação veranil
E da luz do sol que igualmente a ilumina
E brinca inocentemente – qual uma criança - com suas [ritmadas] ondas
O mar a se fazer “plano de fundo”
E a liberdade de seus movimentos a vir de su’alma anárquica
(Que não permite viver d’externas regras ou ditames alheios)
Sim, é preciso coragem para se despir do passado que [no tempo] nos regrou
A não ser que se queira viver como um escravo [dele]
Ou um refém da estúpida moralidade [farisaica] do mundo
E então, d’onde ela vem que não seja pelas mãos da Vida que a criou?
E assim, amo a sua incrível imagem enquanto aos [meus] olhos se acha
Amo-a pelo que no tempo se apresenta
Ou mesmo pelo Tempo a que foi ... seu criador
E não creio qu’esquecida com o tempo será
Não, não será
Jamais
Pelo qu’eu a amei enquanto próxima de mim s’encontrava
(Mesmo que de longe)
20 de agosto de 2024
ILUSTRAÇÕES: FOTOS POR MIM TRABALHADAS COM PROGRAMAS DE EDIÇÃO DE IMAGENS
PS: AS IMAGENS TERÃO UMA MELHOR FORMA DE VISUALIZAÇÃO NO PC OU NO CELULAR EM
POSIÇÃO HORIZONTAL
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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
CONTEMPLANDO E SENTINDO A VIDA
Criada imagem (eu creio) ond’esculpida se faz naquela praia
Beleza real?!
Não, não sei s’existe de fato ou tão somente seria [minha] criação mental
E d’onde, pois, viria se não for realmente ... da Terra?
Não sei
E pouco me interessa saber
Afastado do mundo (quando bem quero), mas não da vida
Visto que se deste modo fizesse, morta minh’alma estaria
Sim, é preciso estar vivo, mas não apenas biologicamente
Faz-se absolutamente necessário estar vivo “essencialmente”
Ser vivo, então
E, portanto, conforme disse, desligo-me de quando em quando, de tudo
“Saindo de férias” do caos do mundo
Que bom!
Embora sempre retornando
E faço isto sem levar comigo expectativas nem planos
Deixando a vida “desancorada e à deriva” nesta minh’aventura
E sem almejar alguma proposital ventura ou conhecido objetivo
Permitindo, como se diz, “a vida me levar”
Vinha aos [meus] olhos, pelo qu’eu naquel’instante percebia
Ou, sei lá se eram eles – os olhos – apenas porta de meu cérebro
Todavia, eis que [formosa] se aproximava e, portanto, vinha
Não sei o que é subjetivo [neste mundo] pelo que irreal seria, talvez
E muito menos sei o qu’existe “de verdade”
Na verdade, ninguém sabe
E destarte, ninguém sabe o que é objetivo (verdadeiro)
Mas [todos] cremos que realmente seja o que agradável se faz à vista
E ela – a vista – ainda que míope seja se deleita de prazer
E longe d’estar silente a alma, vede que “sacudida” s’encontra
Embora não tanto em função do “canto da sereia”
Mas, sim, de sua incrível imagem e forma
Feitiço de “Maya”?
Quem sabe?!
As ondas se movimentam no bailar de seu vai-e-vem
É simplesmente fantástico aquele cenário
Sim, e no teatro de Deus, vede ali um dos mais belos “atos”
E, creio eu, a beleza está, principalmente, porque ela muda o tempo todo
E tudo nos chama a contemplá-la
E tudo nos convida a assisti-la
E sei lá se a Vida é a “diretora” daquele roteiro
Ou se livres são os personagens [n’atuação de seus papeis]
Ou seja, se podemos fazer o que quisermos [no cenário em que nel’estamos]
Mística beleza a que pintada está na real tela do mundo
E “rabiscada” se faz no longo trajeto do tempo
Como a se ver nas pegadas de quem segue pela vasta praia
Uma suave brisa a soprar seus compridos cabelos naquel’instante
A massagear sua pele com os respingos oriundos d’oceano
E a maresia onde inalada [aos sentidos] se faz [a vir d’horizonte]
Debaixo daquele céu claro, ainda que um pouco enevoado
Tudo perfeito
Magnífico
E mágico
Surreal
Qual sob um efeito lisérgico
Tenho pena daqueles que deixam ir embora a graça da vida
(Que a todos de graça vem)
Tenho dó daqueles que precisam pagar caro por fugacidades do mundo
Destas que a todos perenidade promete, mas logo que chegam também escapam
E a estes [tais] abandonam frustrados
A deixá-los tão tristes
Viver é estar consciente na hora em qu’está vivo
E vivem mais aqueles que despertos no tempo se acham
Da verdade que por vezes estamos dormindo
E nestas horas deixamos fugir ... a vida
É preciso estar [sempre] conectado co’a natureza
E perceber todo o seu encanto e beleza
E descobrir [n’ela] a sua mística comunicação [conosco] e com tudo
A magia que aos olhos enfeitiçam
Pode durar, quiçá, um breve momento
Ou talvez não
Caso a fique na memória eis qu’então perdura e não escapole
Na vida e no tempo, às vezes a realidade se mistura ao desejo
(Ou mesmo vai ao seu encontro)
Do real que, quando misericordioso é, se oferece ao nosso “querer”
Visto que ele sabe (mais que nós mesmos) de nossas necessidades afetivas
Todavia, seria de fato preciso saber se o que a Vida nos agracia é real?
Tolos os que procuram respostas para tudo
Até mesmo para as alegrias (quando elas lhes veem)
Como perdem tempo!
Admirar todo o seu esplendor e magnificência
E somente isto
É o que vale
Sentir em suas figuras um pouco do que é também o poder da Vida
(No que ela é capaz de produzir ... e reproduzir ...a tod’hora)
Enxergar co’alegria sua suntuosidade e seu brilho
E sem achar que isto seria pecado
Já que é o que, infelizmente, procuram nos adestrar as merdas das religiões:
Negar o prazer
Mesmo que estes venham a pertencer aos olhos somente
E não tanto ... ao tato
A alegria pagã do mundo
É, sem dúvida, uma incrível delícia
Mas tão combatida é pela hipócrita moralidade dos que religiosos se acham
(Só que não!)
O verdadeiro religioso é aquele que a tudo percebe sem se açoitar pela culpa
E vê beleza e pureza mesmo onde outros só veem maldade, delito e pecado
Caminha ela – o espectro da beleza - solitária pela praia dos mares do sul
A banhar-se do calor de sua estação veranil
E da luz do sol que igualmente a ilumina
E brinca inocentemente – qual uma criança - com suas [ritmadas] ondas
O mar a se fazer “plano de fundo”
E a liberdade de seus movimentos a vir de su’alma anárquica
(Que não permite viver d’externas regras ou ditames alheios)
Sim, é preciso coragem para se despir do passado que [no tempo] nos regrou
A não ser que se queira viver como um escravo [dele]
Ou um refém da estúpida moralidade [farisaica] do mundo
E então, d’onde ela vem que não seja pelas mãos da Vida que a criou?
E assim, amo a sua incrível imagem enquanto aos [meus] olhos se acha
Amo-a pelo que no tempo se apresenta
Ou mesmo pelo Tempo a que foi ... seu criador
E não creio qu’esquecida com o tempo será
Não, não será
Jamais
Pelo qu’eu a amei enquanto próxima de mim s’encontrava
(Mesmo que de longe)
20 de agosto de 2024