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CONTEMPLANDO E SENTINDO A VIDA

 

Criada imagem (eu creio) ond’esculpida se faz naquela praia

Beleza real?!

Não, não sei s’existe de fato ou tão somente seria [minha] criação mental

E d’onde, pois, viria se não for realmente ... da Terra?

Não sei

E pouco me interessa saber

 

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Afastado do mundo (quando bem quero), mas não da vida

Visto que se deste modo fizesse, morta minh’alma estaria

Sim, é preciso estar vivo, mas não apenas biologicamente

Faz-se absolutamente necessário estar vivo “essencialmente”

Ser vivo, então

 

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E, portanto, conforme disse, desligo-me de quando em quando, de tudo

“Saindo de férias” do caos do mundo

Que bom!

Embora sempre retornando

E faço isto sem levar comigo expectativas nem planos

Deixando a vida “desancorada e à deriva” nesta minh’aventura

E sem almejar alguma proposital ventura ou conhecido objetivo

Permitindo, como se diz, “a vida me levar”

 

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Vinha aos [meus] olhos, pelo qu’eu naquel’instante percebia

Ou, sei lá se eram eles – os olhos – apenas porta de meu cérebro

Todavia, eis que [formosa] se aproximava e, portanto, vinha

 

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Não sei o que é subjetivo [neste mundo] pelo que irreal seria, talvez

E muito menos sei o qu’existe “de verdade”

Na verdade, ninguém sabe

E destarte, ninguém sabe o que é objetivo (verdadeiro)

Mas [todos] cremos que realmente seja o que agradável se faz à vista

 

1709027.jpg

 

E ela – a vista – ainda que míope seja se deleita de prazer

E longe d’estar silente a alma, vede que “sacudida” s’encontra

Embora não tanto em função do “canto da sereia”

Mas, sim, de sua incrível imagem e forma

Feitiço de “Maya”?

Quem sabe?!

 

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As ondas se movimentam no bailar de seu vai-e-vem

É simplesmente fantástico aquele cenário

Sim, e no teatro de Deus, vede ali um dos mais belos “atos”

 

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E, creio eu, a beleza está, principalmente, porque ela muda o tempo todo

E tudo nos chama a contemplá-la

E tudo nos convida a assisti-la

 

1709031.jpg

 

E sei lá se a Vida é a “diretora” daquele roteiro

Ou se livres são os personagens [n’atuação de seus papeis]

Ou seja, se podemos fazer o que quisermos [no cenário em que nel’estamos]

 

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Mística beleza a que pintada está na real tela do mundo

E “rabiscada” se faz no longo trajeto do tempo

Como a se ver nas pegadas de quem segue pela vasta praia

 

1709033.jpg

 

Uma suave brisa a soprar seus compridos cabelos naquel’instante

A massagear sua pele com os respingos oriundos d’oceano

E a maresia onde inalada [aos sentidos] se faz [a vir d’horizonte]

Debaixo daquele céu claro, ainda que um pouco enevoado

Tudo perfeito

Magnífico

E mágico

Surreal

Qual sob um efeito lisérgico

 

1709034.jpg

 

Tenho pena daqueles que deixam ir embora a graça da vida

(Que a todos de graça vem)

Tenho dó daqueles que precisam pagar caro por fugacidades do mundo

Destas que a todos perenidade promete, mas logo que chegam também escapam

E a estes [tais] abandonam frustrados

A deixá-los tão tristes

 

1709035.jpg

 

Viver é estar consciente na hora em qu’está vivo

E vivem mais aqueles que despertos no tempo se acham

Da verdade que por vezes estamos dormindo

E nestas horas deixamos fugir ... a vida

 

1709036.jpg

 

É preciso estar [sempre] conectado co’a natureza

E perceber todo o seu encanto e beleza

E descobrir [n’ela] a sua mística comunicação [conosco] e com tudo

 

1709037.jpg

 

A magia que aos olhos enfeitiçam

Pode durar, quiçá, um breve momento

Ou talvez não

Caso a fique na memória eis qu’então perdura e não escapole

 

1709038.jpg

 

Na vida e no tempo, às vezes a realidade se mistura ao desejo

(Ou mesmo vai ao seu encontro)

Do real que, quando misericordioso é, se oferece ao nosso “querer”

Visto que ele sabe (mais que nós mesmos) de nossas necessidades afetivas

 

1709039.jpg

 

Todavia, seria de fato preciso saber se o que a Vida nos agracia é real?

Tolos os que procuram respostas para tudo

Até mesmo para as alegrias (quando elas lhes veem)

Como perdem tempo!

 

1709044.jpg

 

Admirar todo o seu esplendor e magnificência

E somente isto

É o que vale

Sentir em suas figuras um pouco do que é também o poder da Vida

(No que ela é capaz de produzir ... e reproduzir ...a tod’hora)

Enxergar co’alegria sua suntuosidade e seu brilho

E sem achar que isto seria pecado

Já que é o que, infelizmente, procuram nos adestrar as merdas das religiões:

Negar o prazer

Mesmo que estes venham a pertencer aos olhos somente

E não tanto ... ao tato

 

1709041.jpg

 

A alegria pagã do mundo

É, sem dúvida, uma incrível delícia

Mas tão combatida é pela hipócrita moralidade dos que religiosos se acham

(Só que não!)

O verdadeiro religioso é aquele que a tudo percebe sem se açoitar pela culpa

E vê beleza e pureza mesmo onde outros só veem maldade, delito e pecado

 

1709042.jpg

 

Caminha ela – o espectro da beleza - solitária pela praia dos mares do sul

A banhar-se do calor de sua estação veranil

E da luz do sol que igualmente a ilumina

E brinca inocentemente – qual uma criança - com suas [ritmadas] ondas

 

1709040.jpg

 

O mar a se fazer “plano de fundo”

E a liberdade de seus movimentos a vir de su’alma anárquica

(Que não permite viver d’externas regras ou ditames alheios)

 

1709045.jpg

 

Sim, é preciso coragem para se despir do passado que [no tempo] nos regrou

A não ser que se queira viver como um escravo [dele]

Ou um refém da estúpida moralidade [farisaica] do mundo

 

1709047.jpg

 

E então, d’onde ela vem que não seja pelas mãos da Vida que a criou?

E assim, amo a sua incrível imagem enquanto aos [meus] olhos se acha

Amo-a pelo que no tempo se apresenta

Ou mesmo pelo Tempo a que foi ... seu criador

 

1709051.jpg

 

E não creio qu’esquecida com o tempo será

Não, não será

Jamais

Pelo qu’eu a amei enquanto próxima de mim s’encontrava

(Mesmo que de longe)

 

1709046.jpg

 

20 de agosto de 2024

 

ILUSTRAÇÕES: FOTOS POR MIM TRABALHADAS COM PROGRAMAS DE EDIÇÃO DE IMAGENS

 

PS: AS IMAGENS TERÃO UMA MELHOR FORMA DE VISUALIZAÇÃO NO PC OU NO CELULAR EM

POSIÇÃO HORIZONTAL 

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

CONTEMPLANDO E SENTINDO A VIDA

 

Criada imagem (eu creio) ond’esculpida se faz naquela praia

Beleza real?!

Não, não sei s’existe de fato ou tão somente seria [minha] criação mental

E d’onde, pois, viria se não for realmente ... da Terra?

Não sei

E pouco me interessa saber

 

Afastado do mundo (quando bem quero), mas não da vida

Visto que se deste modo fizesse, morta minh’alma estaria

Sim, é preciso estar vivo, mas não apenas biologicamente

Faz-se absolutamente necessário estar vivo “essencialmente”

Ser vivo, então

 

E, portanto, conforme disse, desligo-me de quando em quando, de tudo

“Saindo de férias” do caos do mundo

Que bom!

Embora sempre retornando

E faço isto sem levar comigo expectativas nem planos

Deixando a vida “desancorada e à deriva” nesta minh’aventura

E sem almejar alguma proposital ventura ou conhecido objetivo

Permitindo, como se diz, “a vida me levar”

 

Vinha aos [meus] olhos, pelo qu’eu naquel’instante percebia

Ou, sei lá se eram eles – os olhos – apenas porta de meu cérebro

Todavia, eis que [formosa] se aproximava e, portanto, vinha

 

Não sei o que é subjetivo [neste mundo] pelo que irreal seria, talvez

E muito menos sei o qu’existe “de verdade”

Na verdade, ninguém sabe

E destarte, ninguém sabe o que é objetivo (verdadeiro)

Mas [todos] cremos que realmente seja o que agradável se faz à vista

 

E ela – a vista – ainda que míope seja se deleita de prazer

E longe d’estar silente a alma, vede que “sacudida” s’encontra

Embora não tanto em função do “canto da sereia”

Mas, sim, de sua incrível imagem e forma

Feitiço de “Maya”?

Quem sabe?!

 

As ondas se movimentam no bailar de seu vai-e-vem

É simplesmente fantástico aquele cenário

Sim, e no teatro de Deus, vede ali um dos mais belos “atos”

 

E, creio eu, a beleza está, principalmente, porque ela muda o tempo todo

E tudo nos chama a contemplá-la

E tudo nos convida a assisti-la

 

E sei lá se a Vida é a “diretora” daquele roteiro

Ou se livres são os personagens [n’atuação de seus papeis]

Ou seja, se podemos fazer o que quisermos [no cenário em que nel’estamos]

 

Mística beleza a que pintada está na real tela do mundo

E “rabiscada” se faz no longo trajeto do tempo

Como a se ver nas pegadas de quem segue pela vasta praia

 

Uma suave brisa a soprar seus compridos cabelos naquel’instante

A massagear sua pele com os respingos oriundos d’oceano

E a maresia onde inalada [aos sentidos] se faz [a vir d’horizonte]

Debaixo daquele céu claro, ainda que um pouco enevoado

Tudo perfeito

Magnífico

 

E mágico

Surreal

Qual sob um efeito lisérgico

 

Tenho pena daqueles que deixam ir embora a graça da vida

(Que a todos de graça vem)

Tenho dó daqueles que precisam pagar caro por fugacidades do mundo

Destas que a todos perenidade promete, mas logo que chegam também escapam

E a estes [tais] abandonam frustrados

A deixá-los tão tristes

 

Viver é estar consciente na hora em qu’está vivo

E vivem mais aqueles que despertos no tempo se acham

Da verdade que por vezes estamos dormindo

E nestas horas deixamos fugir ... a vida

 

É preciso estar [sempre] conectado co’a natureza

E perceber todo o seu encanto e beleza

E descobrir [n’ela] a sua mística comunicação [conosco] e com tudo

 

A magia que aos olhos enfeitiçam

Pode durar, quiçá, um breve momento

Ou talvez não

Caso a fique na memória eis qu’então perdura e não escapole

 

Na vida e no tempo, às vezes a realidade se mistura ao desejo

(Ou mesmo vai ao seu encontro)

Do real que, quando misericordioso é, se oferece ao nosso “querer”

Visto que ele sabe (mais que nós mesmos) de nossas necessidades afetivas

 

Todavia, seria de fato preciso saber se o que a Vida nos agracia é real?

Tolos os que procuram respostas para tudo

Até mesmo para as alegrias (quando elas lhes veem)

Como perdem tempo!

 

Admirar todo o seu esplendor e magnificência

E somente isto

É o que vale

Sentir em suas figuras um pouco do que é também o poder da Vida

(No que ela é capaz de produzir ... e reproduzir ...a tod’hora)

Enxergar co’alegria sua suntuosidade e seu brilho

E sem achar que isto seria pecado

Já que é o que, infelizmente, procuram nos adestrar as merdas das religiões:

Negar o prazer

Mesmo que estes venham a pertencer aos olhos somente

E não tanto ... ao tato

 

A alegria pagã do mundo

É, sem dúvida, uma incrível delícia

Mas tão combatida é pela hipócrita moralidade dos que religiosos se acham

(Só que não!)

O verdadeiro religioso é aquele que a tudo percebe sem se açoitar pela culpa

E vê beleza e pureza mesmo onde outros só veem maldade, delito e pecado

 

Caminha ela – o espectro da beleza - solitária pela praia dos mares do sul

A banhar-se do calor de sua estação veranil

E da luz do sol que igualmente a ilumina

E brinca inocentemente – qual uma criança - com suas [ritmadas] ondas

 

O mar a se fazer “plano de fundo”

E a liberdade de seus movimentos a vir de su’alma anárquica

(Que não permite viver d’externas regras ou ditames alheios)

 

Sim, é preciso coragem para se despir do passado que [no tempo] nos regrou

A não ser que se queira viver como um escravo [dele]

Ou um refém da estúpida moralidade [farisaica] do mundo

 

E então, d’onde ela vem que não seja pelas mãos da Vida que a criou?

E assim, amo a sua incrível imagem enquanto aos [meus] olhos se acha

Amo-a pelo que no tempo se apresenta

Ou mesmo pelo Tempo a que foi ... seu criador

 

E não creio qu’esquecida com o tempo será

Não, não será

Jamais

Pelo qu’eu a amei enquanto próxima de mim s’encontrava

(Mesmo que de longe)

 

20 de agosto de 2024

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 20/08/2024
Reeditado em 20/08/2024
Código do texto: T8132906
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