Mar de anoitecer e amanhecer

Corvo de pedaços de vidro, voando no mar de anoitecer e amanhecer com suas asas de papel. Sob as lágrimas caindo na solidão, lobo de sombras vermelho corre se perdendo entre bênçãos negadas. Em meio a memorias quebradas, ser sem forma anseia alcançar além dos espinhos envolta da armadura de cartas. Fragmentado da máscara sem face, caminhando sob o luar, se perdeu no sonhar poder alcançar a flor quebrada no galho divergido. Criatura de retalhos, a segurar o ferimento da lança de espinhos a quem ofereceu um conto de fadas. Na melodia sem nome, ave das asas machucadas continua a na ausência de som voar, talvez por momento, possa além habitar.