SERTÃO
Casas vazias
Terra seca, chão rachado
No leito do rio que secou
Morreu o gado, um silêncio inesperado.
Sol ardente
Vento quente
Lua cheia
Céu estrelado, a indiferença mora ao lado.
Três voltas no tempo
Círculo vencido
Um olhar que se perde
Eco de um grito esquecido.
No espaço da solidão
Violão na mão
Sentado no chão
Para a esperança morta, uma última canção.