DO NASCER DO SOL ATÉ O SEU OCASO, QUE A VIDA SEJA LOUVADA
Abre-se, pois, lentamente o dia (como sempre) no coração do tempo
Que, ainda qu’existe, jamais nasceu e nunca morrerá
E a vida a se mostrar n’àquel’hora (sagrada e única)
Esta que raramente aos nossos olhos se percebe
Já qu’escolhemos o que queremos ver
Oh! Por que tanta indiferença?
Por que tamanha insensibilidade?
À minh’alma pergunto qual a cegueira deste mundo, então
A luz calmamente trafega no mundo
Do nascer do sol ao seu ocaso
Até desparecer completamente à vista
Todavia, não morre
Transforma-se
Ao que tudo outra coisa se forma (mesmo sendo a mesma)
Chega a Vida de longe (assim eu penso) a cada manhã ao se fazer luz para todos
E colorida se faz da mais viva clorofila a relva em que [n’ela] piso
E o céu d’um azul forte e vibrante
Ninguém se acha só (ainda que não esteja acompanhado d’outro igual)
Quando, na verdade, inseridos estamos [todos] com todos ... e em todos
Já que ninguém pode d’outro se separar (no cenário do tempo e da própria vida)
Sim, é preciso fazer ... pontes
É [sempre] preciso ... sermos pontes
Quem desperto estaria nas manhãs de todos os dias pelo que contemplaria
cad’alvorada (nova)?
Todavia, quase todos estão nest’hora (como em todas) a dormir
E, portanto, perdendo todas ... as alvoradas
E desperdiçando todas as auroras
E igualmente a ser a postura quanto aos ocasos
Quisera um dia (quem sabe!?) que espantados ficássemos com o milagre do tempo
E maravilhados, pois, estivéssemos a “perceber a vida” em todo o seu “show”
E co'ela encantarmos
Contudo, para tal seria preciso estar (oh! coisa rara) “de olhos abertos”
E desatados da ignorância do credo de se achar d'outros ... separados (cada qual)
Ou de se crer melhor que todos, motivo pelo qual preconceituosos nos achamos
E odiamos ...
A perder nosso tempo com este nefasto sentimento
E ofendendo a Vida
É tudo tão perfeito ... em sua “presença”!
O alento em todos não são dois
E as dores do mundo todas [as] almas sentem
Assim como todos os gozos
No entanto, de form’alternada
E quem nest’hora não estaria em prantos enquanto outros riem?
É a dinâmica de tudo
Onde n’um extremo nasce o sol
E n’outro se levanta ... a lua
Tudo chega
E tudo vai embora
Será ... para sempre?
Não creio
E o que fica ... de tudo que não habite na memória?
Pelo menos na cabeça de quem amou a vida pelo que tanto a percebeu
E a “saboreou” com seus sentidos
Sim, faz-se preciso sentir a vida ...
(E, agora, utilizando d’um pleonasmo vicioso) ... com nossos sentidos, é claro
Tocá-la enquanto [ela] “acontece” no tempo e no espaço
Digo isto já que o tempo não é nada sem o espaço
E vice-versa
Bem, pergunto [para mim] neste momento:
Quem realmente vê seria eu ou a Vida [através de meus olhos] os quais
ela me deu?
Dos olhos que, portanto, não são meus, mas, sim, dela – da própria Vida
E quem ouve seria mesmo eu ou seria a Vida a partir de meus ouvidos [que
eu penso serem meus], quando, na verdade é dela?
Posto isto, a Vida vê e ouve com nossos olhos e ouvidos
Mas, e quem disse que só existem olhos e ouvidos “biológicos”?
Não, o Tempo também tem os seus [olhos e ouvidos]
E vê tudo
E ouve tudo
E visto que também memória tem, não s'esquece ... de nada (nunca)
Mas a verdade é que a Vida transcende os sentidos
Contudo, aqui, eis o que temos para “atingi-la”:
Identificando-a, notando-a, reparando-a, vendo-a, ouvindo-a, cheirando-a
Enfim, sentindo-a e conhecendo-a
Oh! Quem dela a cuidaria se não a notasse?
Todavia, com o tempo, infelizmente, deixamo-nos “levar pelas correntezas”
A largá-la com nossa indiferença
E, por isso, dela descuidamos
E com bobagens [no tempo] nos entretemos
E devido a esta [nossa] tola postura, da Vida ... esquecemos
Deixando-a de lado
Jogando-a para escanteio
Tudo [no tempo] nos fala da Vida:
A alvorada, o ar, os aromas, as cores do ipê, os verdes, as flores, o crepúsculo...
Tudo, tudo, tudo ...
Dela qu’em nenhum momento é muda
Então, quem atento estaria nest’hora ao que a “escutaria?
E vede, finalmente, o dia a “entrar para a glória”
Não, ele não morrerá [para sempre]
Quem realmente o viu não permitirá que [ad aeternum] se finde
Conservá-lo-á em suas lembranças (pelo que tanto o amou)
E amanhã colherá as [germinadas] sementes lançadas hoje ... com seu labor
13 de agosto de 2024
IMAGENS: FOTOS PARTICULARES (REGISTRADAS POR CELULAR)
OBSERVAÇÃO:
AS IMAGENS TERÃO UMA MELHOR VISUALIZAÇÃO NO PC OU COM O CELULAR EM POSIÇÃO "HORIZONTAL"
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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
DO NASCER DO SOL ATÉ O SEU OCASO, QUE A VIDA SEJA LOUVADA
Abre-se, pois, lentamente o dia (como sempre) no coração do tempo
Que, ainda qu’existe, jamais nasceu e nunca morrerá
E a vida a se mostrar n’àquel’hora (sagrada e única)
Esta que raramente aos nossos olhos se percebe
Já qu’escolhemos o que queremos ver
Oh! Por que tanta indiferença?
Por que tamanha insensibilidade?
À minh’alma pergunto qual a cegueira deste mundo, então
A luz calmamente trafega no mundo
Do nascer do sol ao seu ocaso
Até desparecer completamente à vista
Todavia, não morre
Transforma-se
Ao que tudo outra coisa se forma (mesmo sendo a mesma)
Chega a Vida de longe (assim eu penso) a cada manhã ao se fazer luz para todos
E colorida se faz da mais viva clorofila a relva em que [n’ela] piso
E o céu d’um azul forte e vibrante
Ninguém se acha só (ainda que não esteja acompanhado d’outro igual)
Quando, na verdade, inseridos estamos [todos] com todos ... e em todos
Já que ninguém pode d’outro se separar (no cenário do tempo e da própria vida)
Sim, é preciso fazer ... pontes
É [sempre] preciso ... sermos pontes
Quem desperto estaria nas manhãs de todos os dias pelo que contemplaria
cad’alvorada (nova)?
Todavia, quase todos estão nest’hora (como em todas) a dormir
E, portanto, perdendo todas ... as alvoradas
E desperdiçando todas as auroras
E igualmente a ser a postura quanto aos ocasos
Quisera um dia (quem sabe!?) que espantados ficássemos com o milagre do tempo
E maravilhados, pois, estivéssemos a “perceber a vida” em todo o seu “show”
E co'ela encantarmos
Contudo, para tal seria preciso estar (oh! coisa rara) “de olhos abertos”
E desatados da ignorância do credo de se achar d'outros ... separado
Ou de se crer melhor que todos, motivo pelo qual preconceituosos nos achamos
E odiamos ...
A perder nosso tempo com este nefasto sentimento
E ofendendo a Vida
É tudo tão perfeito ... em sua “presença”!
O alento em todos não são dois
E as dores do mundo todas [as] almas sentem
Assim como todos os gozos
No entanto, de form’alternada
E quem nest’hora não estaria em prantos enquanto outros riem?
É a dinâmica de tudo
Onde n’um extremo nasce o sol
E n’outro se levanta ... a lua
Tudo chega
E tudo vai embora
Será ... para sempre?
Não creio
E o que fica ... de tudo que não habite na memória?
Pelo menos na cabeça de quem amou a vida pelo que tanto a percebeu
E a “saboreou” com seus sentidos
Sim, faz-se preciso sentir a vida ...
(E, agora, utilizando d’um pleonasmo vicioso) ... com nossos sentidos, é claro
Tocá-la enquanto [ela] “acontece” no tempo e no espaço
Digo isto já que o tempo não é nada sem o espaço
E vice-versa
Bem, pergunto [para mim] neste momento:
Quem realmente vê seria eu ou a Vida [através de meus olhos] os quais
ela me deu?
Dos olhos que, portanto, não são meus, mas, sim, dela – da própria Vida
E quem ouve seria mesmo eu ou seria a Vida a partir de meus ouvidos [que
eu penso serem meus], quando, na verdade é dela?
Posto isto, a Vida vê e ouve com nossos olhos e ouvidos
Mas, e quem disse que só existem olhos e ouvidos “biológicos”?
Não, o Tempo também tem os seus [olhos e ouvidos]
E vê tudo
E ouve tudo
E visto que também memória tem, não s'esquece ... de nada (nunca)
Mas a verdade é que a Vida transcende os sentidos
Contudo, aqui, eis o que temos para “atingi-la”:
Identificando-a, notando-a, reparando-a, vendo-a, ouvindo-a, cheirando-a
Enfim, sentindo-a e conhecendo-a
Oh! Quem dela a cuidaria se não a notasse?
Todavia, com o tempo, infelizmente, deixamo-nos “levar pelas correntezas”
A largá-la com nossa indiferença
E, por isso, dela descuidamos
E com bobagens [no tempo] nos entretemos
E devido a esta [nossa] tola postura, da Vida ... esquecemos
Deixando-a de lado
Jogando-a para escanteio
Tudo [no tempo] nos fala da Vida:
A alvorada, o ar, os aromas, as cores do ipê, os verdes, as flores, o crepúsculo...
Tudo, tudo, tudo ...
Dela qu’em nenhum momento é muda
Então, quem atento estaria nest’hora ao que a “escutaria?
E vede, finalmente, o dia a “entrar para a glória”
Não, ele não morrerá [para sempre]
Quem realmente o viu não permitirá que [ad aeternum] se finde
Conservá-lo-á em suas lembranças (pelo que tanto o amou)
E amanhã colherá as [germinadas] sementes lançadas hoje ... com seu labor
13 de agosto de 2024