A felicidade não é destino.

Às vezes a vida, em seu jeito sutil,

E no ar, um sopro leve,

Nos faz parar, refletir no vazio,

E perceber que a felicidade se atreve.

Na rotina, nos dias que passam,

Tudo parece um ciclo tão certo,

Mas o amor, como brisa que abraça,

Precisa de um empurrão, um porto, célebre!

E vem a dor, ou a mudança abrupta,

Um lapso que desestabiliza o ser,

Então, nos olhos que antes estavam turvos,

Vemos o brilho que antes não foi ver.

A risada ecoa mais alto,

Os abraços se tornam eternidade,

Como se o tempo tivesse parado,

Para celebrar a nossa verdade.

Às vezes é preciso que a vida desequilibre,

Um gesto inesperado, um grito mudo,

Para que dêmos valor ao que existe,

Ao amor que nos faz tão seguros.

E nas sombras, onde a dúvida residia,

Ilumina-se a certeza, como o sol ao amanhecer,

Ao lado de quem nos faz sorrir,

Tivemos, então, o empurrão para perceber.

Que a felicidade não é um destino,

Mas o caminho trilhado a dois,

E cada passo, cada tropeço,

É como verso que se canta depois.

BrunoBandeira
Enviado por BrunoBandeira em 12/08/2024
Código do texto: T8127662
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