A felicidade não é destino.
Às vezes a vida, em seu jeito sutil,
E no ar, um sopro leve,
Nos faz parar, refletir no vazio,
E perceber que a felicidade se atreve.
Na rotina, nos dias que passam,
Tudo parece um ciclo tão certo,
Mas o amor, como brisa que abraça,
Precisa de um empurrão, um porto, célebre!
E vem a dor, ou a mudança abrupta,
Um lapso que desestabiliza o ser,
Então, nos olhos que antes estavam turvos,
Vemos o brilho que antes não foi ver.
A risada ecoa mais alto,
Os abraços se tornam eternidade,
Como se o tempo tivesse parado,
Para celebrar a nossa verdade.
Às vezes é preciso que a vida desequilibre,
Um gesto inesperado, um grito mudo,
Para que dêmos valor ao que existe,
Ao amor que nos faz tão seguros.
E nas sombras, onde a dúvida residia,
Ilumina-se a certeza, como o sol ao amanhecer,
Ao lado de quem nos faz sorrir,
Tivemos, então, o empurrão para perceber.
Que a felicidade não é um destino,
Mas o caminho trilhado a dois,
E cada passo, cada tropeço,
É como verso que se canta depois.