Eternizando na memória
Era uma manhã típica de inverno, sem raios de sol dançando pelas frestas da janela. Ele, com sua xícara de cafe em mãos, fitava o horizonte escuro, refletindo sobre a maravilhosa simplicidade e, ao mesmo tempo, a complexidade da vida.
Ele pensava sobre como cada experiência, cada desafio e cada alegria, moldavam sua existência. Percebeu que a vida, com seus altos e baixos, seus momentos de euforia e de tristeza, nada mais era do que um longo aprendizado sobre si mesmo e sobre o mundo ao seu redor. Nessas reflexões, encontrou uma nova perspectiva: a ideia de que, embora a morte seja inevitável, a vida pode ser enriquecida pela busca incessante, por significado e conexão.
Pensava em como o amor, é um antídoto poderoso. Não apenas o amor romântico, mas aquele amor incondicional, que se encontra nas amizades sinceras, no carinho familiar, e até mesmo no amor próprio. Era esse amor, que oferecia um refúgio, que iluminava os dias e os degraus escuros e que dava sentido aos desafios diários.
Observando a rua escura pela janela da sala, pensava no daqui a pouco do seu trabalho, Ontem seu neto a brincar, seus filhos divertirem-se uns com os outros, em um churrasco, que eles próprios fizeram. Talvez tenha passado algum casal a passear de mãos dadas, talvez algumas pessoas idosas, estivessem sentadas em bancos, na praça próxima da casa, narrando histórias, repletas de sabedoria acumulada. Cada cena contava uma história de amor, resiliência e esperança. Ela percebeu que a vida era isso: uma tapeçaria de histórias de conexão e compreensão.
Quando ele chega em casa, depois de um dia intenso, recorda-se da lição aprendida, nas suas meditações matinais. Sim, a vida é finita, cheia de incertezas. Mas é justamente essa certeza da finitude, que nos incentiva a viver plenamente, a valorizar cada momento presente, a construir memórias afetivas, significativas e, acima de tudo, a amar de maneira genuína.
Ele sorriu ao perceber que, na busca por amor e significado, estava a criar um legado que transcende a própria mortalidade. E assim, quem sabe, o amor que encontramos e cultivamos ao longo do caminho, não só nos salva da vida, mas também nos eterniza na memória daqueles que, emocional e positivamente, tocamos.
_*Daniel Barthes*_