Ela
Há algo de quase palpável em seu sorriso.
Ela enfeita a realidade ao seu bel prazer.
Não se sente vítima das circunstâncias.
É vilã, mocinha, figurante, que seja..
Vítima, nunca.
É vivida o suficiente para saber que o mundo não orbita ao seu redor.
Mas jovem demais para não se importar com a opinião alheia.
Ela não é facilmente impressionável, apesar de seu rosto dócil assim sugerir.
Por vezes se faz de desentendida para evitar a fadiga.
Se pisam no seu calo, ela parece não se importar.
E talvez não se importe mesmo.
Há coisas em sua vida que demandam mais atenção, tal como o desabrochar de uma flor.