Baile de Máscaras
Na noite onde os segredos de cada um se escondem
Um jogo de máscaras, cruel e enigmático, desenrola
Numa festa de aparências, onde o seu eu se disfarça
Eu me inseri, sem nenhuma máscara a ocultar, e em silêncio agora fico a me atormentar
Não há rosto que me esconda, não há fachada que encubra
Somente o eu despido, em seu tormento, desnudado e à deriva
Não são as máscaras que confundem, mas a própria essência do ser
Que se perde na imensidão do seu próprio desespero, no eco do vazio
Como a sombra de Poe, e tormento de Dostoiévski
Qual é a verdade que emerge da ausência de máscaras
O que sou eu, senão uma alma em busca de sentido
Num jogo de aparências onde, desprotegida, me revelo