Baile de Máscaras

Na noite onde os segredos de cada um se escondem

Um jogo de máscaras, cruel e enigmático, desenrola

Numa festa de aparências, onde o seu eu se disfarça

Eu me inseri, sem nenhuma máscara a ocultar, e em silêncio agora fico a me atormentar

Não há rosto que me esconda, não há fachada que encubra

Somente o eu despido, em seu tormento, desnudado e à deriva

Não são as máscaras que confundem, mas a própria essência do ser

Que se perde na imensidão do seu próprio desespero, no eco do vazio

Como a sombra de Poe, e tormento de Dostoiévski

Qual é a verdade que emerge da ausência de máscaras

O que sou eu, senão uma alma em busca de sentido

Num jogo de aparências onde, desprotegida, me revelo

Anna Gonçalves
Enviado por Anna Gonçalves em 05/08/2024
Reeditado em 05/08/2024
Código do texto: T8122384
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