Os Jogos de Paris e a disputa não oficial
O Barão de Coubertin, considerado o pai do jogos modernos, disse no discurso de encerramento dos Jogos Olímpicos de 1908: “A coisa mais importante nos Jogos Olímpicos não é vencer, mas participar, assim como a coisa mais importante na vida não é o triunfo, mas a luta. O essencial não é ter vencido, mas ter lutado bem.”.
Esta frase é um tanto bobinha porque ninguém entra numa competição para perder, exceto se tiver consciência de sua inferioridade técnica. Porém, ela permanece como parte do Espírito Olímpico.
Nos atuais jogos de Paris, extraoficialmente e para quem tem “olhos de ver”, uma nova determinação ficou explícita, o vencer ou vencer onde o “progressismo” tem que ser o vencedor e o perdedor deve ser obrigatoriamente a Cultura Ocidental.
Inocentemente ou com complacência, organizadores, comitês olímpicos dos países participantes e atletas aceitaram essa disputa não declarada, mas evidente, como “normal”, porém quem vai perder não é só a Cultura Ocidental, o Espírito Olímpico, que não deve ser ideológico, foi ferido de morte.
A questão final é se haverá alguém que se importe com isso.