NENHUMA ALVORADA SE REPETE
O dia está nascendo
Preciso nascer ... co’ele
Nascer
Vir ao mundo
Começar
Sair do ventre [materno] do tempo onde n’ele brotou a vital semente
E formar-se
Ou, ir-se formando ... e se transformando a tod’hora
Alterando-se [a cada minuto]
Como as alvoradas e os ocasos que mudam a todo instante
(N’horizonte em que n'ele s’encontra)
Quanto tempo durará minha vida?
Talvez, apenas um breve instante (comparando-a co’a eternidade!)
A vida que naturalmente se origina ... no tempo
Mas que perde sua natural originalidade ... pelo mundo
E assim, ninguém fica até o final ... o "mesmo" (nem deve)
Nascer
Morrer
Nascer novamente
Morrer outra vez
E quantas vezes?
Nasceria em dor pelo que deste modo viveria e, finalmente, morreria?
Nascer e morrer
O que isto significa?
Qual a razão?
Ou nada disto te importa?
Não sei se minhas perguntas são realmente importantes
Ou se eu penso “isto” e alguém “outra coisa”
Ou se incomodo [ou não] alguém com minhas indagações e perguntas
Todavia, as faço
Sobretudo (ou somente), para mim
E sigo sempre assim: perguntando
E, principalmente, me perguntando
És o mesmo de ontem, ou serias [tu] hoje distinto no que fostes [ontem]?
A soma de nossos “eus” deveria ser somente “um” [novo] ... “hoje” (ai! quem dera!?)
E seguir sempre adiante [co’uma forma nova]
E não sermos muitos [velhos] dos “ontens” que deixamos para trás
Em nome da “vida” que pede para seguir para frente e sempre diferente
E jamais sermos “restaurados” a lembrar o que já fomos
Visto que “restaurar” é fazer voltar o que [antes] era
Não sei se a aurora tem alguma significação
No entanto, a reparo
E já vi um número sem conta [delas]
Se estou a perder meu tempo pelo qu’eu a contemplo, deixei de saber
Sou eu o único a perder, e mais ninguém
E ninguém tem nada com isto!
E o qu’eu digo para quem me reprova pelo que sou?
Vá cuidar de sua vida ou o que for de sua conta!
Deixe-me em paz!
Hoje e ontem!
Pergunto-vos:
Seria tu “hoje” o que fora “ontem”?
E teria o teu “hoje” saudades de teu “ontem”?
Infeliz de quem deseja que o seu futuro seja... o “seu passado”
Felizes os que não têm medo de morrer
E mais felizes os que morrem de fato
E no existir (a ser este o nome do sagrado “tempo”) estão a cada dia nascendo
No que parece ser um interminável ciclo:
Nascendo e morrendo
Morrendo e nascendo
Contudo, para tal é preciso ...”morrer” (ou ter coragem de "querer morrer")
Pergunto-vos mais uma vez:
Qual a “duração” de suas vidas?
Sim, quanto tempo dura cada personagem que interpretas?
Quantas “roupas” (figurinos) já vestiu su’alma (no “cenário” em que [aqui] atuas)?
E quantas vezes [delas] se despiu?
E já chegou a “repetir” algum “personagem”?
E acaso você já chegou a odiar alguns deles?
Fostes sempre o herói na saga de su’estória ou às vezes também interpretou o vilão?
Você é quem escolhe seus personagens ou “a equipe” em que trabalhas?
O nascer dos dias de cada estação
Os quais em cad’uma diferente se faz
Nenhum’alvorada [assim como nenhum ocaso] se repete
Sinal da vital e necessária renovação
Por que não podemos (ou não “queremos”) fazer o mesmo com nossas vidas?
E a Vida não erra no que ela faz
Por que não podemos fazer igual?
O dia está morrendo
Preciso morrer ... co’ele
28 de julho de 2024
IMAGENS: FOTOS GENTILMENTE ENVIADAS PELO MEU GRANDE AMIGO, CHARLES LIMA
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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
NENHUMA ALVORADA SE REPETE
O dia está nascendo
Preciso nascer ... co’ele
Nascer
Vir ao mundo
Começar
Sair do ventre [materno] do tempo onde n’ele brotou a vital semente
E formar-se
Ou, ir-se formando ... e se transformando a tod’hora
Alterando-se [a cada minuto]
Como as alvoradas e os ocasos que mudam a todo instante
(N’horizonte em que n'ele s’encontra)
Quanto tempo durará minha vida?
Talvez, apenas um breve instante (comparando-a co’a eternidade!)
A vida que naturalmente se origina ... no tempo
Mas que perde sua natural originalidade ... pelo mundo
E assim, ninguém fica até o final ... o "mesmo" (nem deve)
Nascer
Morrer
Nascer novamente
Morrer outra vez
E quantas vezes?
Nasceria em dor pelo que deste modo viveria e, finalmente, morreria?
Nascer e morrer
O que isto significa?
Qual a razão?
Ou nada disto te importa?
Não sei se minhas perguntas são realmente importantes
Ou se eu penso “isto” e alguém “outra coisa”
Ou se incomodo [ou não] alguém com minhas indagações e perguntas
Todavia, as faço
Sobretudo (ou somente), para mim
E sigo sempre assim: perguntando
E, principalmente, me perguntando
És o mesmo de ontem, ou serias [tu] hoje distinto no que fostes [ontem]?
A soma de nossos “eus” deveria ser somente “um” [novo] ... “hoje” (ai! quem dera!?)
E seguir sempre adiante [co’uma forma nova]
E não sermos muitos [velhos] dos “ontens” que deixamos para trás
Em nome da “vida” que pede para seguir para frente e sempre diferente
E jamais sermos “restaurados” a lembrar o que já fomos
Visto que “restaurar” é fazer voltar o que [antes] era
Não sei se a aurora tem alguma significação
No entanto, a reparo
E já vi um número sem conta [delas]
Se estou a perder meu tempo pelo qu’eu a contemplo, deixei de saber
Sou eu o único a perder, e mais ninguém
E ninguém tem nada com isto!
E o qu’eu digo para quem me reprova pelo que sou?
Vá cuidar de sua vida ou o que for de sua conta!
Deixe-me em paz!
Hoje e ontem!
Pergunto-vos:
Seria tu “hoje” o que fora “ontem”?
E teria o teu “hoje” saudades de teu “ontem”?
Infeliz de quem deseja que o seu futuro seja... o “seu passado”
Felizes os que não têm medo de morrer
E mais felizes os que morrem de fato
E no existir (a ser este o nome do sagrado “tempo”) estão a cada dia nascendo
No que parece ser um interminável ciclo:
Nascendo e morrendo
Morrendo e nascendo
Contudo, para tal é preciso ...”morrer” (ou ter coragem de "querer morrer")
Pergunto-vos mais uma vez:
Qual a “duração” de suas vidas?
Sim, quanto tempo dura cada personagem que interpretas?
Quantas “roupas” (figurinos) já vestiu su’alma (no “cenário” em que [aqui] atuas)?
E quantas vezes [delas] se despiu?
E já chegou a “repetir” algum “personagem”?
E acaso você já chegou a odiar alguns deles?
Fostes sempre o herói na saga de su’estória ou às vezes também interpretou o vilão?
Você é quem escolhe seus personagens ou “a equipe” em que trabalhas?
O nascer dos dias de cada estação
Os quais em cad’uma diferente se faz
Nenhum’alvorada [assim como nenhum ocaso] se repete
Sinal da vital e necessária renovação
Por que não podemos (ou não “queremos”) fazer o mesmo com nossas vidas?
E a Vida não erra no que ela faz
Por que não podemos fazer igual?
O dia está morrendo
Preciso morrer ... co’ele
28 de julho de 2024