Vago de tudo

Como a mãe que segura o recém-nascido ao colo. Firme para não deixar cair. A confiança da criança, é sem julgamento e ostentação. É uma atitude dela própria, em não ter medo. Estamos no estado de observância do tempo e lugar, estradas tortas e centros urbanos. Andamos lado a lado com ignorância sagaz e hipocrisias, cintilação de falsos sorrisos.

Somos como quem flutua em vias e ares carbonizados, esfumaçado e viés de lutas misturada com rios infinitos convertidos em choros de mãe e perda de afetos.

Detém-se o poder económico; e quanto mais tem mais se quer, bravura de leões e subterfúgio da prole que está por baixo e nunca por cima, sem proveito. Uma negação fadada a leis sociais e torpe.

Palácio de liberdade ignorada, frustrada, escritas em bandeira de ordem. Cinismo e condenação, o marginalizado está a margem, intocável, invisível e insatisfeito.

Placas proibidas de seguir adiante, luta contra o sistema, educação de porta aberta, velada e/ou escolhidas, sem acesso para as calçadas. O rumo que vaga é a indiferença de tudo.

A menina a beira do cais
Enviado por A menina a beira do cais em 27/07/2024
Reeditado em 27/07/2024
Código do texto: T8116083
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