Vago de tudo
Como a mãe que segura o recém-nascido ao colo. Firme para não deixar cair. A confiança da criança, é sem julgamento e ostentação. É uma atitude dela própria, em não ter medo. Estamos no estado de observância do tempo e lugar, estradas tortas e centros urbanos. Andamos lado a lado com ignorância sagaz e hipocrisias, cintilação de falsos sorrisos.
Somos como quem flutua em vias e ares carbonizados, esfumaçado e viés de lutas misturada com rios infinitos convertidos em choros de mãe e perda de afetos.
Detém-se o poder económico; e quanto mais tem mais se quer, bravura de leões e subterfúgio da prole que está por baixo e nunca por cima, sem proveito. Uma negação fadada a leis sociais e torpe.
Palácio de liberdade ignorada, frustrada, escritas em bandeira de ordem. Cinismo e condenação, o marginalizado está a margem, intocável, invisível e insatisfeito.
Placas proibidas de seguir adiante, luta contra o sistema, educação de porta aberta, velada e/ou escolhidas, sem acesso para as calçadas. O rumo que vaga é a indiferença de tudo.