O SILÊNCIO DA POESIA

Estou tão vazia que escuto em eco as batidas do meu coração.

Tão muda, que o silêncio é atormentado pelos murmúrios dos meu pensamentos.

Sinto-me seca como folhas do outono que caem alaranjadas ornamentando o chão.

O soluço preso em minha garganta é como um poço vazio no deserto.

E as lágrimas secas não caem mais, o choro está preso dentro da minha angústia.

Os dias são longos e frios

O tempo parou em meu sofrimento

Arranco dentro de mim temores e assombros absurdos

E nessa luta saio arranhada pelas recordações indesejadas

Luto e desabo perdida pela solidão

A poesia calou-se

As letras espalharam-se

A rima fugiu

Sem versos

Sem trovas

Emudeci.

LaBelledeJour
Enviado por LaBelledeJour em 27/07/2024
Código do texto: T8115940
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