REMINISCÊNCIAS LITERÁRIAS
Se a minha irmã tinha o prazer de ler sempre na sua adolescência uma revista chamada CAPRICHO, com temas de fotonovela e fofocas, eu não tinha nada com isso. Aliás, quer saber? Eu tinha sim. Pois como já sabia ler algumas palavras por conta própria, ou seja, não tinha frequentado a escola ainda, ela aproveitava quando estava tranquilamente deitada numa rede lendo a sua revista e se deparava com uma palavra que não sabia o significado, logo me gritava, tirando a minha concentração nas minhas brincadeira e pedia que eu procurasse o significado de alguma palavra no dicionário. Obediente ou com receio de algum puxão de orelhas, simplesmente corria logo e com muita dificuldade encontrava a palavra que ela tanto queria saber o significado, como por exemplo: BUCÓLICO. E em seguida eu falava relativo ao campo e assim sucessivamente. Só que nesta de sempre procurar palavras naquele grande livro pesado fui despertando o gosto e prazer pela leitura. Desta atividade para a leitura de O MEU PÉ DE LARANJA LIMA, literalmente eu já estava no alto dos galhos da literatura infantil e ninguém mais me segurou. Quando menos esperava já estava lendo até A CABANA DO PAI TOMÁS e outros romances da época. Hoje já perdi a conta de quantos livros já li; Só sei que já publiquei dois e tenho mais quatro no prelo, se Deus quiser um dia publicarei todos. Afinal, "não digas ao mundo o que és capaz, demonstre-o".