“Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: Desarraiga-te daqui, e planta-te no mar; e ela vos obedeceria.” (Lucas 17:6)

Desde muito jovem leio esse versículo, no entanto nesta noite, aos 51 anos eu o entendi. Antes, porém de explanar a respeito, tive a curiosidade de pesquisar na Internet qual o tamanho de um grão de mostarda. Descobri que se trata de uma semente com diâmetro menor que 2,0 milímetros, e que gera um arbusto com cerca de 2 metros de altura. Interessante não? Em Hebreus 11:1, a própria Bíblia dá sua definição da fé: “A fé é o firme fundamento das coisas que esperam, e a prova das coisas que não se vê.” Eu me apaixonei pela Metafísica justamente porque se trata das coisas que “ainda” não se vê, no entanto, habitam nossa consciência.

A Bíblia nos incentiva a imaginar: “Assim como o homem pensa, ele é” (Provérbios 23:7). Onde quero chegar com isso? A fé está na imaginação e no coração, ou seja, todo desejo que temos passa pelo pensar e sentir. A partir daí, a fé é o pavio que acende o “explosivo” que nos leva a agir. A Bíblia, em Tiago 2:17, complementa: “Fé sem obras é morta.” Ora o que Jesus quis dizer ao declarar o versículo inicial, então? Jesus deixa claro que não precisamos ter muita fé, ele disse para apenas termos fé. Em Romanos 4:17 está escrito que Deus chama à existência as coisas que não existem, como se já existissem”. No estudo do Mecânica Quântica pude obter o melhor entendimento do que isso quer dizer. Quer dizer que tudo existe, e está disponível no Universo à espera do manifestar. Podemos aqui colocar o termo manifestar no mesmo sentido de obras, obras provenientes da fé. Quando John Kennedy assumiu a presidência dos EUA em 1961, o Programa de exploração espacial (NASA) já havia sido criado, no entanto, foi ele quem fez a seguinte pergunta: “É possível chegarmos à lua?” Doravante, foram 8 anos intensos de muitas ideias, projetos e, principalmente ações. Quando enfim, por meio da Apollo 11, em 1969 Neil Armstrong e Buzz Aldrin pousaram sobre a superfície lunar.

Todo avanço tecnológico principalmente nos últimos 100 anos nos trouxera invenções maravilhosas chegando o mundo ao ponto que chegou; e tem muitas inovações ainda em desenvolvimento. O Universo é um Campo de infinitas possibilidades, a prova está aí. Em estudos detalhados, identifiquei dois pontos cruciais para chegarmos onde estamos hoje: o avanço no estudo da Física Moderna que promoveu a imersão nas pesquisas das subpartículas do átomo, principalmente com o advento da experiência da Dupla Fenda; e o surgimento do Novo Pensamento, movimento espiritual que eclodiu nos Estados Unidos no final do século XIX entre religiosos, autores, empresários, filósofos e intelectuais da época. O Novo Pensamento também me fascina muito, porque abriu a minha mente para uma nova maneira ler e entender a Bíblia. Passei a identificar que a Bíblia não é somente um livro histórico do povo de Israel no Velho Testamento, e que relata a vida do filho de Deus aqui na Terra no Novo Testamento. Hoje da maneira que compreendo, a Bíblia é um livro repleto de ciência e simbologias, onde cada relato tem significados psicológicos.

Como comparei anteriormente, sendo a fé o pavio que “explode” as ações, ela nos leva a enxergar pronto o que queremos. Antes de construir um imóvel, você recebe o projeto do arquiteto ou arquiteta e, automaticamente, sua mente o leva a imaginar o prédio construído, todo mobiliado, com pessoas circulando, entrando e saindo, etc. Não existe outra fonte de criação, a não ser a imaginação, o pensamento que, juntamente com o sentimento, dá o comando para a ação. Na Criação em Gêneses, Deus faz sempre declarações: “Haja luz, água, luminares, etc.” e por fim diz “Façamos o homem”. Porque façamos na terceira pessoa? Porque houve junção em sua consciência do que ele quiz criar – pensar, sentir e fazer – essas três coisas juntas o levaram a criação. Da mesma maneira, recebemos de Deus o poder criativo, criar a nossa própria realidade. O grande problema nesse processo é a entropia que pode nos levar a autossabotagem. A mente, carregada de paradigmas, ou seja, crenças impostas por meio de outras pessoas, principalmente na infância, acabam se incorporando no subconsciente, limitando consequentemente o poder criativo.

A visão de um mundo Newtoniano, onde tudo leva as pessoas a querer “ver para crer”, aplica-se em toda e qualquer área da vida – saúde, econômica, mental, etc.; limita-nos a assumir a bem aventurança proferida por Jesus João 20:29 ao aparecer aos apóstolos após a sua morte: “Bem aventurado os que não viram e creram.” O estudo das subpartículas dos átomos, chegaram a constituições invisíveis, mas real que nos encaminha ao início de tudo, o chamado Vácuo Quântico. Os cientistas modernos identificaram que há consciência neste Vácuo, senão seria impossível trazer a existência as coisas que não existem. Esse vácuo é a própria fonte, fonte inesgotável, ali encontra-se o emaranhado das coisas que virão a existência. Os cientistas modernos classificam que, trazer à existência o que não existe, nada mais é que colapsar a função da onda de tudo aquilo que está neste emaranhado, e se disponibiliza aos nossos desejos como cocriadores.

Thomas Troward explorou como poucos a profundidade do pensamento e sua influência no poder criativo do homem. Em seu livro O Poder Oculto ele cita que “cada homem é o centro do seu próprio Universo.” Muitos podem perguntar: "Então não precisamos ter Deus como o centro de nossas vidas?" De certa forma não. Eu explico. Quando se tem um filho, a tendência é você cria-lo para ser independente, comprar e ter suas próprias coisas, bens, família, ou seja, “se virar.” Deus deseja aos seus filhos algo parecido, com uma diferença, no entanto; que as obras que fizerdes sejam em unidade com o Pai. Jesus é testificado nas obras que fazia em nome de seu Pai (João 10:9). Ora, Jesus afirma, “eu e o Pai somos um” (João 10:30), e ainda em João, capítulo 14 versículo 21 diz que “o Pai é Maior que eu” – o Pai é a nossa consciência de ser, ser o que somos, ou seja, um com Deus. Se somos um com Deus, não quer dizer que Deus é maior que nós e sim, nós é que somos poucos menores, e há diferença nisso. A Bíblia relata a respeito do homem em Salmos 8:5: “Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor que Deus e de glória e honra o coroaste.” Não obstante, se Deus não precisa de nada porque tudo ele já possui, também não devemos sentir carência de nada pois tudo o que é do Pai, é nosso também. Em Lucas 15:31 lemos: “Filho tu sempre estás comigo, e tudo o que é meu é teu.”

Jesus teve a consciência da concepção em trazer a existência o que não existia, exemplo disso foram os milagres da multiplicação dos pães e peixes. Jesus não se representa como indivíduo, mas como o filho, o filho que foi concebido daquilo que parecia impossível – ter sido gerado por meio de uma virgem. Podemos, portanto, trazer o que nos parece impossível para a real possibilidade de vir a existência, isso pela fé, pelas obras.

Em João 5:19, Jesus já tinha declarado: “o Filho nada pode fazer por si mesmo”, todo nosso poder criativo está na conjunção do que a física classifica como lei natural – é a Lei do Espírito, o Espírito que nos faz um com Deus. Para isso temos a fé, a fé é a fonte no qual podemos agradar a Deus (Hebreus 11:06), porque sem fé há paralisia, não há obras. As Leis da Natureza não admitem estabilidade, tudo tem que vibrar. A falta de fé é medo, medo é o contrário da fé. Para a mulher de Samaria, junto ao poço, Jesus demonstra justamente isso, Deus é Espírito, não um espírito, e importa que o adoramos em espírito, ou seja, que tenhamos fé de que somos um com Deus, em espírito e em verdade. Espírito é energia, é vida em nós, e em tudo o que foi criado que intimamente está ligado ao que Joseph Murphy, autor do best seller O Poder do Subconsciente chama de a Inteligência Infinita, ou seja, o Vácuo Quântico, o Todo, o Uno.

Ronn Federici
Enviado por Ronn Federici em 18/07/2024
Reeditado em 23/07/2024
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