Divagando no Domingo
HOJE, assim que me acordei, fiquei no meu cantinho assuntando a Maçaranduba do tempo e pensando na liberdade e no livre arbítrio, então dentre outros pensamentos ratifiquei a minha crença de que temos que viver em liberdade, mas ela sempre é limitada pelas circunstância e regras de convivência. Quem pensa está vivo. Disse Descartes: “Penso, logo existo”. Sartre avançou: “Estamos condenados a ser livres”. Em outras palavras: além de pensar temos que tentar ser livres. Ah liberdade, como dizia Cecília Meireles, essa palavra que o sonho humano alimenta: que não há ninguém que explique, nem ninguém que não entenda. Mas ainda lembro e adoro o verso de Clarice Lispector: “Ela é tão livre que um dia será presa./ - Presa por quê? / -Por excesso de liberdade./ - mas essa liberdade é inocente?/ - É, e até mesmo ingênua./ - Então por que a prisão? / - Porque a liberdade ofende”. Fico sem me ofender e agora vou tomar uma lapada de cachaça. William Porto. Inté.