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CORAÇÕES AO ALTO

 

Sursum corda

Corações ao alto

Erguei os corações, ó almas qu’estão há tempos n’um nível tão baixo

E não seria [eu] também uma d’elas?

 

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E n’aquela “ave metálica” em que m’encontro vejo o mundo "lá de cima"

A pairar sobre as nuvens (densas ou fragmentadas)

E, às vezes, igualmente me adentrando n’elas

 

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E d’aquela altura a tudo aprecio e [com gosto] contemplo sem deixar escapar ... nada

Não, de form'alguma fugir de mim aquele surreal momento

Passando acima de cidades (sagrado espaço humano ... das sofridas almas)

Algumas enormes [metrópoles], outras pequenas e miúdas (vilarejos a que seriam)

 

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E também de montanhas e planícies (por vezes a ver a natureza tão cruelmente agredida)

Ou cortando-se bem acima dos montes, serras e de magníficas cordilheiras

E a vista se deslumbra

Oh! Impossível não se fascinar com tantas maravilhas

 

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Atravessando, portanto, o tempo e mesmo um espaço ainda que n’eles sempr’estou

Oh, não! Não posso d’aqui fugir

E nem quero

Porém n’aquele momento não quero descer (pelo que muito já desci!)

 

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Por muito tempo acreditei no mundo [em suas propagandas e falácias]

E por ele me permiti adestrar, quando, então nada questionava e tudo aceitava

E deixei que me levasse para “qualquer lugar” (em suas incontáveis mentiras)

Ou, melhor eu diria, para miseráveis e horríveis sendas

 

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Pureza e inocência d’outrora d’uma vida qu’eu tida sido

Todavia, eis que deu o fora

O mundo me roubou de mim mesmo, é verdade

A cortar minhas antigas asas, e a me impedir agora, portanto, de voar

É verdade: já não sou mais livre

E, é claro, triste nest’hora me sinto

 

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Mas vejo o mundo a partir do céu (sky) agora

Mesmo sem estar (ai! que pena!) no céu (heaven) nest’instante

E interessante que percebo que ele - o mundo - é belo

E não é?

 

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Pois é!

E agora estou ...

N’um voo calmo e quase sem suas esperadas, mas calmas turbulências

Que tranquilamente prossegue em sua “estrada”

E "neste voo" minh'alma se eleva e também se enleva

 

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Estar acima das nuvens tem, para mim, um místico encanto

Da vida que decola d’algum lugar e segue par’outro

A largar para trás experiências e lembranças

 

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É verdade:

A vida não pode ficar apenas ... "no pretérito"

Já que ela só pode ser vivida (em sua ação) ... "no presente"

O mais sagrado onde se conjuga o verbo "ser"

 

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E para frente o tempo todo vai

Deixando o passado para bem longe qual o rastro d’um avião a jato

De sua fumaça que s’evapora pelo inexorável tempo que a tudo devora

Ah! O tempo...

 

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É tudo tão mágico lá “no alto” (lá "em cima")

Como também o é o mundo visto “do alto” (lá "de cima")

Ou seria a imaginação a falar comigo agora?

Não importa!

 

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Por favor, me digam:

Ond’está [no solo] do mundo a antiga magia?

Mas por que aqui embaixo igualmente não pode sempre ser ["mágico"]?

Será que com o tempo perdemos o tesão de viver?

Pelo amor de Deus, não quero nunca ser assim

 

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A aeronave decola e cresce [a voar para o alto]

Sua tripulação cresceria também [pelo que acima do mundo s’estaria]?

Esta que n’um literal espaço tranquila segue a partir d’uma distância

a qual é certa pelo que no piloto confia

E co’ele sobe [sem medo]

 

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A humanidade cresce (aumenta) pelo mecanismo natural do “instinto”

Mas o Homem cresce (evolui) só com o recurso da “inteligência”

Oh! Triste de nosso mundo tão repleto de gente!

Que apenas cresce (aumenta) em número, porém a ser tão pouco evoluída

(Pelo que não é “racionalmente” crescida)

 

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Sim, aumentamos cada vez mais na quantidade (número)

Porém, da verdade que diminuímos (pelo que se dá a entender) na qualidade

No que diz respeito aos nossos valores e ética

Oh! Faz-se preciso subir...

 

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12 de julho de 2024

 

IMAGENS: FOTOS PARTICULARES E REGISTRADAS POR CELULAR (POR MIM, MINHA FILHA NATÁLIA, MINHA SOBRINHA LAÍS E SEU NOVIO, ROBSON)

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

 

CORAÇÕES AO ALTO

 

Sursum corda

Corações ao alto

Erguei os corações, ó almas qu’estão há tempos n’um nível tão baixo

E não seria [eu] também uma d’elas?

 

E n’aquela “ave metálica” em que m’encontro vejo o mundo "lá de cima"

A pairar sobre as nuvens (densas ou fragmentadas)

E, às vezes, igualmente me adentrando n’elas

 

E d’aquela altura a tudo aprecio e [com gosto] contemplo sem deixar escapar ... nada

Não, de form'alguma fugir de mim aquele surreal momento

Passando acima de cidades (sagrado espaço humano ... das sofridas almas)

Algumas enormes [metrópoles], outras pequenas e miúdas (vilarejos a que seriam)

 

E também de montanhas e planícies (por vezes a ver a natureza tão cruelmente agredida)

Ou cortando-se bem acima dos montes, serras e de magníficas cordilheiras

E a vista se deslumbra

Oh! Impossível não se fascinar com tantas maravilhas

 

Atravessando, portanto, o tempo e mesmo um espaço ainda que n’eles sempr’estou

Oh, não! Não posso d’aqui fugir

E nem quero

Porém n’aquele momento não quero descer (pelo que muito já desci!)

 

Por muito tempo acreditei no mundo [em suas propagandas e falácias]

E por ele me permiti adestrar, quando, então nada questionava e tudo aceitava

E deixei que me levasse para “qualquer lugar” (em suas incontáveis mentiras)

Ou, melhor eu diria, para miseráveis e horríveis sendas

 

Pureza e inocência d’outrora d’uma vida qu’eu tida sido

Todavia, eis que deu o fora

O mundo me roubou de mim mesmo, é verdade

A cortar minhas antigas asas, e a me impedir agora, portanto, de voar

É verdade: já não sou mais livre

E, é claro, triste nest’hora me sinto

 

Mas vejo o mundo a partir do céu (sky) agora

Mesmo sem estar (ai! que pena!) no céu (heaven) nest’instante

E interessante que percebo que ele - o mundo - é belo

E não é?

 

Pois é!

E agora estou ...

N’um voo calmo e quase sem suas esperadas, mas calmas turbulências

Que tranquilamente prossegue em sua “estrada”

E "neste voo" minh'alma se eleva e também se enleva

 

Estar acima das nuvens tem, para mim, um místico encanto

Da vida que decola d’algum lugar e segue par’outro

A largar para trás experiências e lembranças

 

É verdade:

A vida não pode ficar apenas ... "no pretérito"

Já que ela só pode ser vivida (em sua ação) ... "no presente"

O mais sagrado onde se conjuga o verbo "ser"

 

E para frente o tempo todo vai

Deixando o passado para bem longe qual o rastro d’um avião a jato

De sua fumaça que s’evapora pelo inexorável tempo que a tudo devora

Ah! O tempo...

 

É tudo tão mágico lá “no alto” (lá "em cima")

Como também o é o mundo visto “do alto” (lá "de cima")

Ou seria a imaginação a falar comigo agora?

Não importa!

 

Por favor, me digam:

Ond’está [no solo] do mundo a antiga magia?

Mas por que aqui embaixo igualmente não pode sempre ser ["mágico"]?

Será que com o tempo perdemos o tesão de viver?

Pelo amor de Deus, não quero nunca ser assim

 

A aeronave decola e cresce [a voar para o alto]

Sua tripulação cresceria também [pelo que acima do mundo s’estaria]?

Esta que n’um literal espaço tranquila segue a partir d’uma distância

a qual é certa pelo que no piloto confia

E co’ele sobe [sem medo]

 

A humanidade cresce (aumenta) pelo mecanismo natural do “instinto”

Mas o Homem cresce (evolui) só com o recurso da “inteligência”

Oh! Triste de nosso mundo tão repleto de gente!

Que apenas cresce (aumenta) em número, porém a ser tão pouco evoluída

(Pelo que não é “racionalmente” crescida)

 

Sim, aumentamos cada vez mais na quantidade (número)

Porém, da verdade que diminuímos (pelo que se dá a entender) na qualidade

No que diz respeito aos nossos valores e ética

Oh! Faz-se preciso subir...

 

12 de julho de 2024

O Pincel e a Paleta
Enviado por O Pincel e a Paleta em 12/07/2024
Reeditado em 12/07/2024
Código do texto: T8105469
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