Morte
Falar da morte
Deveria ser algo natural
Mesmo porque
A cada dia que a gente acorda
É menos um dia de vida.
Aqui na Terra
Nosso corpo tem prazo de validade
O corpo morre
Mas a nossa alma é eterna
A alma transita
Entre corpos
Ora feminino ora masculino
Transita para vivenciar todas as experiências
Precisamos da sensação
Para a evolução
Não sabemos falar daquilo que não vivemos
Daquilo que não sentimos.
Pela reencarnação
Já tivemos inúmeras vivências
Já sofremos às barbaridades de tempos antigos e de agora também
Sabemos muito de muitas coisas
Embora
Também não sabemos nada que nossa curta visão nos limita a explorar algo além
Simplesmente porque não temos acesso.
Muitas vezes
Essa limitação
Nos faz pensar
Qual o sentindo da nossa existência?
Porque passar por tantas experiências?
Porque nossas vidas são tão inconstantes?
Porque tantas dúvidas
Tantas incertezas
Tanta insegurança?
Porque quando tudo é bom
Vem algo pra destruir?
Ao ponto de desejar o ruim
Para não se deixar iludir?
São tantos porquês muitos deles sem respostas.
As respostas estão dentro de cada um de nós
Cada qual em seu íntimo entendimento busca lá dentro
Algo que serve como bálsamo
Para o acalento da alma em vida prisioneira em um corpo frágil que se deteriora dia após dia.
Isso deveria ser motivo de alegria
Se o corpo padece a alma resplandece
Ninguém quer ser prisioneiro
Nem ficar amarrado
Preso, encurralado
Acho que existe muito mais coisas que nossa imaginação sequer possa vislumbrar
Nem mesmo em seus sonhos mais mirabolantes.
Acho que tem muita coisa ainda pra nossa alma empreender até chegar em seu destino pretendido
E não pensa que chegar nesse destino para por aí
Chegando será uma nova jornada
Mas essa não dá nem pra falar
Porque não conseguimos falar daquilo que não sabemos.