O significado da Vida - Pensamento

Qual o significado da vida?

Existe, de fato, algum significado?

Se sim, faz sentido buscá-lo?

Para os cristãos, a resposta é fácil e reconfortante. Cito esta religião, pois é a predominante na sociedade em que estou inserido. E para aqueles que tem dificuldade em crer no místico? Exceto para os ateus convictos, como assim definiu Richard Dawkins. Não fiz ou li, um estudo de caso a respeito, por este motivo posso tratar do assunto com base apenas naquilo que sinto e que vivo. É extremamente aterrorizante a ideia de que a vida seja simplesmente matéria e energia (“energia física”). Estar ciente do tamanho do Cosmos, de sua idade, das mais intrigantes e belas estruturas e, ao mesmo tempo, ter ciência de nossa limitação biológica e tecnológica, torna a nossa existência absurdamente insignificante.

Muitos podem argumentar que no final o mais importante sejam os fatos e coisas terrenas: a nossa formação acadêmica, o nosso emprego, família, o legado que foi deixado em vida etc.. Entretanto isso satisfaz nada mais do que alguém leigo e principiante naquilo que o universo pode nos oferecer e naquilo que conseguimos compreender. Talvez colocamos deveras importância em nossa existência, talvez eu esteja partindo do ponto errado. A ideia de nossa espécie como um único organismo, poderia satisfazer muito mais a sede por estas respostas. Assim como uma célula presente em nosso fígado que vive em média 3 meses e logo é substituída por outras geradas pelo nosso próprio corpo, podemos encarar cada pessoa como uma célula, na qual exerceu o seu papel dentro desse organismo chamado sociedade, sendo substituída por outra após a sua morte, afim de que este organismo se mantenha de pé e seguindo em frete, com suas revoluções, avanços e descobertas.

Não nos referimos a nós mesmos por cada parte do corpo, mas sim pelo indivíduo. Trilhões de células compõem um humano adulto, assim como bilhões de homo sapiens compõem a nossa espécie. Se partirmos desse princípio, notaremos que a existência não é algo tão insignificante assim, pois o homo sapiens mais antigo já descoberto data de aproximadamente 200 mil anos atrás (Omo 1). Uma única mulher não é capaz de revolucionar sozinha todo o conhecimento científico, mas o acúmulo deste conhecimento por séculos advindo de cada ser que se dedicou a estudar uma ou várias áreas, é capaz de transformar completamente a sociedade e levar a espécie a destinos jamais imaginadas anteriormente.