Limítrofe
Vamos seguranda a barra
Há muito não vejo mais o que considerava como limite
Qual será o preço disso tudo?
Essas linhas são sobre solidão
Sempre há uma sala em que só nós estamos lá
E nessa alguns monstros irrompem
Somos tolhidos
Tolos
Um catálogo de erros
E não adianta entrar em desespero
Continuamos a estrada
Como não sentíssemos nada
Esperar não é o caminho
As batalhas agudas dessa vida bruta deixam um amargo senhoril
A verdade é que o peso dos ombros produz força e flagelo na mesma proporção
Não queremos atenção
E nem mãos estendidas
Chega um momento em que será só você e o deserto
Parece certo esse encontro
As pedras frias olham mais um andarilho a passar
As grandes preocupações de uma existência pequena
Cheios de dilemas
Devaneios
Vamos chegar em algum lugar um dia
E o amargo será uma doce lembrança
Por enquanto é processo
Passo a passo
Fora do compasso
Dentro do limite
Essas linhas são sobre as horas da madrugada
Que não dizem nada
Nós faz lembrar de tudo
Espero que durma bem
Não adianta pensar tanto no futuro