O que fazemos com o que fizeram de nós?

Já parou pra pensar que, se não tivesse acontecido como aconteceu e com quem aconteceu. Não seríamos as mesmas pessoas?

Não! Não estou romantizando o sofrimento. É apenas um fato, consegui iniciar o processo de me encontrar, me amar, realmente conseguir conviver comigo. Hoje entendo aquela frase que a solidão é viciante.

O texto não é sobre o presente da solitude.

É sobre como as piores coisas estão no meio do processo de melhoria em quem somos, eu entendo que depende de cada ser humano e todo o papo de subjetividade.

Mas quando temos direcionamento para fazer um bom trabalho, do mal que fizeram com a gente, fica quase impossível não agradecer ao bando de fdp's que apareceram no nosso caminho.

É esquisito me imaginar agradecendo as pessoas que mais me feriram. Espero poder encontrar novamente com cada pessoa que julguei um dia ser meu algoz, cumprimentar, sorrir e internamente agradecer, de coração.

Porque o mulherão da p**** que me tornei, teve haver com a capacidade de renascer das cinzas, igual a Fênix, depois deles terem me destruído em chamas por completo.

Não deixo a frieza transparecer nas minhas palavras mas eu garanto, que nunca tive, tanto quanto agora um coração tão gelado.

Confesso que prefiro essa versão de mim. Que se basta, que se gosta, que analisa e que abandona sempre que necessário.

Estou fazendo um bom trabalho, com ajuda, lógico. Ainda assim, um excelente trabalho nessa coisa de me conhecer a ponto de me amar.