Perdas.
Perdas.
Perdas fazem parte da indumentária da vida, poderia facilmente atribuir a nudez do corpo. Quando o corpo se mostra em sua verdadeira essência, despindo toda e tudo que o aprisiona pode-se ver a vida em sua maior verdade.
Na verdade de ser vida, perde-se a pureza antes guardadas em um invólucro sacro para adentrar nas profundezas de um mundo profano. No corpo real da existência, perdemos amores, pessoas, segundos de um templo profano de momentos sacros.
Somos causadores dessas tantas perdas, usamos de armas fáceis de transportar, sendo elas, palavras amargas ou gentis, gestos carinhosos com teor de brutalidade, olhares vis em um prisma ignóbil, e, diante de tantas armas, ferimos, mutilamos, e, prescrevemos um fim para quem seja a vítima.
A confiança gera desconfiança.
A honestidade se transforma em desonestidade.
A valor da palavra tem uma assinatura interesseira.
E, o ser é forçado a perder, pensando sempre estar ganhando, ou, ganhando o que na verdade sempre foi perda...
Texto: Perdas.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 08/07/2024 às 19:47