A essência entre os achismos e perdidos

Dentro de mim tantas coisas certas. Tantas outras sem destino. Fazia tempo que eu procurava minha essência. Sem saber, nessa busca incessante, eu deixei sumir. Agora sei, que essência se transforma em muitas coisas e permanece em tantas outras. Eu, que achei que sempre seria a mesma coisa, que terias as mesmas sombras e as mesmas alegrias. Não acho nada, mas porque perdi, não por não ter certeza. Nesses achismos, achados e perdidos, eu vou em voltas, como um cachorro atrás do rabo, como a hélice de um helicóptero, como um redemoinho de vento. As vezes a gente se perde buscando coisas que a gente nem tem força pra carregar. As vezes a gente deixa ir os pensamentos. As vezes a gente nem precisa ter uma essência, tudo é tão mutável e inconstante. Tudo é tão humano, finito e sagrado. E dentro de mim, tantas cartas não entregues. Escritas para mim mesma. Tantas vezes me perguntei: quem é você na sua essência? E eu nunca consegui entregar uma resposta... E nesses achismos e perdidos eu vou seguindo, sem essência, sem muitas coisas. Sempre esqueço que a transformação também é minha mãe, um Deus e um caminho...

Gênia Fernandes
Enviado por Gênia Fernandes em 07/07/2024
Reeditado em 07/07/2024
Código do texto: T8102181
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