Pontos e visões
Pontos e visões
Da raíz profunda e ego, não muda a seiva, a espécie.
Barganha no cerne seguinte, a maçã não é a noz.
Mestre que dita a lição, um caminho nada seu, leitura de texto alheio.
O aluno é cerne novo, caule e raíz de si próprio.
Ensino de linha e regra, a reta em caminhos tortos.
Entretanto, o mestre ensina, guarda no oculto a cartilha.
Apregoa o bem que vale, vive em montanhas de mal.
De regras e lousas, o branco giz bem indica, só um risco de pó, teorias não vividas.
A sombra é mera ilusão, queima de fato, o galho no sol.
Dois pontos na mesma visão, o céu não é azul.
O rio que descamba manso, mata de pressa no seu obscuro.
Da raíz profunda e ego...
João Francisco da Cruz