O AMAR E O QUERER
Amar
Querer
Mentiria a alma para si própria se dissesse que pode amar quando,
no mais profundo d’ela, não quer [amar]
E isto é fato
E mais ainda se indecisa s’encontra para tal movimento: o amar
Oh! Como “comprar” o ato de amar sem seu devido "dinheiro":
Ser espontâneo [em amar], e mais nada?
É verdade!
Ser natural eis sua precisa condição
Do contrário não se “conseguirá” ... amar
Oh, pode ter [disto] certeza
"Conseguir amar"! Que estranha expressão, ao qu'eu diria
Serei mais objetivo:
Ninguém ama por “querer” amar
Ama e ama-se “sem querer”
Embora quando ou caso não queira é impossível amar
Todavia, o puro amar não depende do querer
E, portanto, torno a dizer:
Ninguém ama a partir (ou em função) de seu “querer”
E aqui até arrisco dizer que quando se ama de verdade, ama-se sem saber
Porém, sempre lembrando: "quando se trata de amor de verdade"
Pelo qu’em verdade ama-se “sem desejar ou querer”
Considerando que quando alguém quer é porque não possui
E o “querer” precisa da potência da vontade
Que às vezes [ou quase sempre] é tão fraca!
Ama-se por amar, então
E somente por amar, e mais nada
Sem “querer” amar
Do verdadeiro amor que transcende o querer
Seja o amor entre os amantes (“amor eros”)
Seja o amor materno/paterno (“amor storge”)
Seja o amor amizade (“amor philia”)
Seja o amor altruísta (abnegado)
Seja a amor piedoso e compassivo (“amor ágape”)
Seja o amor de qualquer jeito [que for] ...
Raciocine comigo:
Cristo Jesus nos deu o difícil mandamento de “amar os inimigos”
O que parece [ser] a maior de todas loucuras
Pelo que contraria a nossa atual "configuração mental", da vontade que se recusa
tal prática
E nest’hora eu pergunto a todos:
Quem “conseguirá” amar seu inimigo amparado pela “potência da vontade”,
sobretudo se esta estiver contaminada por um enfermo “amor-próprio”
o qual rejeita amar a quem detesta?
Entenderam a dificuldade no cumprimento de tal ordem: amar o inimigo?
Só sacrificando o amor-próprio!
Este que se recusa a morrer (suicidar-se, então)
Posto isto, faz-se preciso indagar:
Não amo meu inimigo porque não quero ou porque não consigo?
Amar o inimigo!?
Ah! Talvez só morrendo e nascendo de novo!
Simplesmente difícil
Sendo assim, como fazer?
O amor verdadeiro transcende o querer, conforme foi dito
Ao que, no caso de amar a quem [d’ele] não goste, só se a mente se adentrar no
santo espaço do “compreender”
Ao que, sem dúvida, será o maior de todos os milagres
Do amor real que se fecunda e se realiza a partir da “compreensão”
Sem julgar e muito menos condenar
Sem discriminar ou escolher (a quem amar)
Sem estar preso a nenhuma “externa e suja identificação”
E sem preciso ser mandado amar
Levando-se em conta que o amor é espontâneo
E autêntico, a ser ou "um sim" ou "um não"
Do contrário, será hipocrisia
E não será [em seu movimento] o amor [real]
É verdade, poderá ser qualquer coisa, menos amor
E nest’instante eu pergunto:
Seria o ódio o pior inimigo do amor?
Ao qu’eu respondo que não
O pior inimigo do amor é o “amor ao inverso” (ilusório) do que ele é (em su'essência real)
Ou, mais precisamente, o falso amor, e que usa o seu sagrado nome
Seja uma obsessão (ou paixão cega) a partir d’um doentio sentimento o qual se denomina
“amor mania”
Seja pela adoração por pessoas, bandeiras, ideologias, nacionalismos radicais (extremos)
e sem [nenhum] discernimento, pelos quais tantos odeiam e até matam
Seja em razão d'alguma neurose, a qual não compreendida nem tratada, pode levar
a um quadro de transtorno mental ou mesmo um suicídio
E aqui cabe bem dizer, principalmente nestes tempos de polarização política:
Quem odeia e mata em nome do [que se diz ser] amor, seja por uma pessoa, por uma
bandeira (ideologia política, religiosa, ideia, etc.) não o faz em louvor ao verdadeiro
amor (digno deste nome), mas, sim em nome d’uma venenosa idolatria a qual lhe roubou
a sensatez e a razão
E pode ter certeza, meu caro:
Tal nome, ideologia, bandeira... nada disso é digno de teu amor
Nenhum [d’eles] merece, portanto, a sua admiração ou devoção
Tal conduta é “dar aos cães o que é santo”
É “entregar as vossas pérolas aos porcos”
Até porque não se trata de amor, mas, sim, d’uma escura paixão que lhe faz violento
contra os outros e inclusive contra si mesmo
Isto sem dizer o quanto te tornas ridículo e perdendo o seu sagrado tempo
Já que você fez a bobagem de lhes ofertar o seu precioso pensamento
Pense direitinho nisto, caso inserido esteja no qu’estou dizendo
É para o seu bem qu’eu lhe digo, ó meu querido
Deixe de ser bobo!
Resumindo o raciocínio:
A amor [verdadeiro] não faz mal a ninguém (nem a si próprio)
Sim, o amor verdadeiro não pratica o mal contra o outro (nem contra si mesmo)
E sempre lembrando:
Não se ama “por querer”
Pelo que o movimento do amor é natural (espontâneo) e puro
A conceder [sempre] frutos de bondade, justiça, misericórdia, paz, luz ...
Enfim, amor
05 de julho de 2024
IMAGENS: FOTOS PARTICULARES (MINHAS E DE MEU GRANDE AMIGO, CHARLES LIMA)
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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES:
O AMAR E O QUERER
Amar
Querer
Mentiria a alma para si própria se dissesse que pode amar quando,
no mais profundo d’ela, não quer [amar]
E isto é fato
E mais ainda se indecisa s’encontra para tal movimento: o amar
Oh! Como “comprar” o ato de amar sem seu devido "dinheiro":
Ser espontâneo [em amar], e mais nada?
É verdade!
Ser natural eis sua precisa condição
Do contrário não se “conseguirá” ... amar
Oh, pode ter [disto] certeza
"Conseguir amar"! Que estranha expressão, ao qu'eu diria
Serei mais objetivo:
Ninguém ama por “querer” amar
Ama e ama-se “sem querer”
Embora quando ou caso não queira é impossível amar
Todavia, o puro amar não depende do querer
E, portanto, torno a dizer:
Ninguém ama a partir (ou em função) de seu “querer”
E aqui até arrisco dizer que quando se ama de verdade, ama-se sem saber
Porém, sempre lembrando: "quando se trata de amor de verdade"
Pelo qu’em verdade ama-se “sem desejar ou querer”
Considerando que quando alguém quer é porque não possui
E o “querer” precisa da potência da vontade
Que às vezes [ou quase sempre] é tão fraca!
Ama-se por amar, então
E somente por amar, e mais nada
Sem “querer” amar
Do verdadeiro amor que transcende o querer
Seja o amor entre os amantes (“amor eros”)
Seja o amor materno/paterno (“amor storge”)
Seja o amor amizade (“amor philia”)
Seja o amor altruísta (abnegado)
Seja a amor piedoso e compassivo (“amor ágape”)
Seja o amor de qualquer jeito [que for] ...
Raciocine comigo:
Cristo Jesus nos deu o difícil mandamento de “amar os inimigos”
O que parece [ser] a maior de todas loucuras
Pelo que contraria a nossa atual "configuração mental", da vontade que se recusa
tal prática
E nest’hora eu pergunto a todos:
Quem “conseguirá” amar seu inimigo amparado pela “potência da vontade”,
sobretudo se esta estiver contaminada por um enfermo “amor-próprio”
o qual rejeita amar a quem detesta?
Entenderam a dificuldade no cumprimento de tal ordem: amar o inimigo?
Só sacrificando o amor-próprio!
Este que se recusa a morrer (suicidar-se, então)
Posto isto, faz-se preciso indagar:
Não amo meu inimigo porque não quero ou porque não consigo?
Amar o inimigo!?
Ah! Talvez só morrendo e nascendo de novo!
Simplesmente difícil
Sendo assim, como fazer?
O amor verdadeiro transcende o querer, conforme foi dito
Ao que, no caso de amar a quem [d’ele] não goste, só se a mente se adentrar no
santo espaço do “compreender”
Ao que, sem dúvida, será o maior de todos os milagres
Do amor real que se fecunda e se realiza a partir da “compreensão”
Sem julgar e muito menos condenar
Sem discriminar ou escolher (a quem amar)
Sem estar preso a nenhuma “externa e suja identificação”
E sem preciso ser mandado amar
Levando-se em conta que o amor é espontâneo
E autêntico, a ser ou "um sim" ou "um não"
Do contrário, será hipocrisia
E não será [em seu movimento] o amor [real]
É verdade, poderá ser qualquer coisa, menos amor
E nest’instante eu pergunto:
Seria o ódio o pior inimigo do amor?
Ao qu’eu respondo que não
O pior inimigo do amor é o “amor ao inverso” (ilusório) do que ele é (em su'essência real)
Ou, mais precisamente, o falso amor, e que usa o seu sagrado nome
Seja uma obsessão (ou paixão cega) a partir d’um doentio sentimento o qual se denomina
“amor mania”
Seja pela adoração por pessoas, bandeiras, ideologias, nacionalismos radicais (extremos)
e sem [nenhum] discernimento, pelos quais tantos odeiam e até matam
Seja em razão d'alguma neurose, a qual não compreendida nem tratada, pode levar
a um quadro de transtorno mental ou mesmo um suicídio
E aqui cabe bem dizer, principalmente nestes tempos de polarização política:
Quem odeia e mata em nome do [que se diz ser] amor, seja por uma pessoa, por uma
bandeira (ideologia política, religiosa, ideia, etc.) não o faz em louvor ao verdadeiro
amor (digno deste nome), mas, sim em nome d’uma venenosa idolatria a qual lhe roubou
a sensatez e a razão
E pode ter certeza, meu caro:
Tal nome, ideologia, bandeira... nada disso é digno de teu amor
Nenhum [d’eles] merece, portanto, a sua admiração ou devoção
Tal conduta é “dar aos cães o que é santo”
É “entregar as vossas pérolas aos porcos”
Até porque não se trata de amor, mas, sim, d’uma escura paixão que lhe faz violento
contra os outros e inclusive contra si mesmo
Isto sem dizer o quanto te tornas ridículo e perdendo o seu sagrado tempo
Já que você fez a bobagem de lhes ofertar o seu precioso pensamento
Pense direitinho nisto, caso inserido esteja no qu’estou dizendo
É para o seu bem qu’eu lhe digo, ó meu querido
Deixe de ser bobo!
Resumindo o raciocínio:
A amor [verdadeiro] não faz mal a ninguém (nem a si próprio)
Sim, o amor verdadeiro não pratica o mal contra o outro (nem contra si mesmo)
E sempre lembrando:
Não se ama “por querer”
Pelo que o movimento do amor é natural (espontâneo) e puro
A conceder [sempre] frutos de bondade, justiça, misericórdia, paz, luz ...
Enfim, amor
05 de julho de 2024