1702423.jpg

 

O AMAR E O QUERER

 

Amar

Querer

Mentiria a alma para si própria se dissesse que pode amar quando,

no mais profundo d’ela, não quer [amar]

E isto é fato

E mais ainda se indecisa s’encontra para tal movimento: o amar

 

Oh! Como “comprar” o ato de amar sem seu devido "dinheiro":

Ser espontâneo [em amar], e mais nada?

É verdade!

Ser natural eis sua precisa condição

Do contrário não se “conseguirá” ... amar

Oh, pode ter [disto] certeza

"Conseguir amar"! Que estranha expressão, ao qu'eu diria

 

1702426.jpg

 

Serei mais objetivo:

Ninguém ama por “querer” amar

Ama e ama-se “sem querer”

Embora quando ou caso não queira é impossível amar

Todavia, o puro amar não depende do querer

 

E, portanto, torno a dizer:

Ninguém ama a partir (ou em função) de seu “querer”

E aqui até arrisco dizer que quando se ama de verdade, ama-se sem saber

Porém, sempre lembrando: "quando se trata de amor de verdade"

Pelo qu’em verdade ama-se “sem desejar ou querer”

Considerando que quando alguém quer é porque não possui

E o “querer” precisa da potência da vontade

Que às vezes [ou quase sempre] é tão fraca!

 

1702427.jpg

 

Ama-se por amar, então

E somente por amar, e mais nada

Sem “querer” amar

Do verdadeiro amor que transcende o querer

Seja o amor entre os amantes (“amor eros”)

Seja o amor materno/paterno (“amor storge”)

Seja o amor amizade (“amor philia”)

Seja o amor altruísta (abnegado)

Seja a amor piedoso e compassivo (“amor ágape”)

Seja o amor de qualquer jeito [que for] ...

 

Raciocine comigo:

Cristo Jesus nos deu o difícil mandamento de “amar os inimigos”

O que parece [ser] a maior de todas loucuras

Pelo que contraria a nossa atual "configuração mental", da vontade que se recusa

tal prática

E nest’hora eu pergunto a todos:

Quem “conseguirá” amar seu inimigo amparado pela “potência da vontade”,

sobretudo se esta estiver contaminada por um enfermo “amor-próprio”

o qual rejeita amar a quem detesta?

Entenderam a dificuldade no cumprimento de tal ordem: amar o inimigo?

Só sacrificando o amor-próprio!

Este que se recusa a morrer (suicidar-se, então)

Posto isto, faz-se preciso indagar:

Não amo meu inimigo porque não quero ou porque não consigo?

Amar o inimigo!?

Ah! Talvez só morrendo e nascendo de novo!

Simplesmente difícil

 

1702428.jpg

 

Sendo assim, como fazer?

O amor verdadeiro transcende o querer, conforme foi dito

Ao que, no caso de amar a quem [d’ele] não goste, só se a mente se adentrar no

santo espaço do “compreender”

Ao que, sem dúvida, será o maior de todos os milagres

Do amor real que se fecunda e se realiza a partir da “compreensão”

Sem julgar e muito menos condenar

Sem discriminar ou escolher (a quem amar)

Sem estar preso a nenhuma “externa e suja identificação”  

E sem preciso ser mandado amar

Levando-se em conta que o amor é espontâneo

E autêntico, a ser ou "um sim" ou "um não"

Do contrário, será hipocrisia

E não será [em seu movimento] o amor [real]

É verdade, poderá ser qualquer coisa, menos amor

 

E nest’instante eu pergunto:

Seria o ódio o pior inimigo do amor?

Ao qu’eu respondo que não

O pior inimigo do amor é o “amor ao inverso” (ilusório) do que ele é (em su'essência real)

Ou, mais precisamente, o falso amor, e que usa o seu sagrado nome

Seja uma obsessão (ou paixão cega) a partir d’um doentio sentimento o qual se denomina

“amor mania”

Seja pela adoração por pessoas, bandeiras, ideologias, nacionalismos radicais (extremos)

e sem [nenhum] discernimento, pelos quais tantos odeiam e até matam

Seja em razão d'alguma neurose, a qual não compreendida nem tratada, pode levar

a um quadro de transtorno mental ou mesmo um suicídio

 

1702430.jpg

 

E aqui cabe bem dizer, principalmente nestes tempos de polarização política:

Quem odeia e mata em nome do [que se diz ser] amor, seja por uma pessoa, por uma

bandeira (ideologia política, religiosa, ideia, etc.) não o faz em louvor ao verdadeiro

amor (digno deste nome), mas, sim em nome d’uma venenosa idolatria a qual lhe roubou

a sensatez e a razão

E pode ter certeza, meu caro:

Tal nome, ideologia, bandeira... nada disso é digno de teu amor

Nenhum [d’eles] merece, portanto, a sua admiração ou devoção

Tal conduta é “dar aos cães o que é santo”

É “entregar as vossas pérolas aos porcos”

Até porque não se trata de amor, mas, sim, d’uma escura paixão que lhe faz violento

contra os outros e inclusive contra si mesmo

Isto sem dizer o quanto te tornas ridículo e perdendo o seu sagrado tempo

Já que você fez a bobagem de lhes ofertar o seu precioso pensamento

Pense direitinho nisto, caso inserido esteja no qu’estou dizendo

É para o seu bem qu’eu lhe digo, ó meu querido

Deixe de ser bobo!

 

Resumindo o raciocínio:

A amor [verdadeiro] não faz mal a ninguém (nem a si próprio)

Sim, o amor verdadeiro não pratica o mal contra o outro (nem contra si mesmo)

E sempre lembrando:

Não se ama “por querer”

Pelo que o movimento do amor é natural (espontâneo) e puro

A conceder [sempre] frutos de bondade, justiça, misericórdia, paz, luz ...

Enfim, amor

 

1702432.jpg

 

05 de julho de 2024

 

IMAGENS: FOTOS PARTICULARES (MINHAS E DE MEU GRANDE AMIGO, CHARLES LIMA)

 

***************************************

 

FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES:

 

O AMAR E O QUERER

 

Amar

Querer

Mentiria a alma para si própria se dissesse que pode amar quando,

no mais profundo d’ela, não quer [amar]

E isto é fato

E mais ainda se indecisa s’encontra para tal movimento: o amar

 

Oh! Como “comprar” o ato de amar sem seu devido "dinheiro":

Ser espontâneo [em amar], e mais nada?

É verdade!

Ser natural eis sua precisa condição

Do contrário não se “conseguirá” ... amar

Oh, pode ter [disto] certeza

"Conseguir amar"! Que estranha expressão, ao qu'eu diria

 

Serei mais objetivo:

Ninguém ama por “querer” amar

Ama e ama-se “sem querer”

Embora quando ou caso não queira é impossível amar

Todavia, o puro amar não depende do querer

 

E, portanto, torno a dizer:

Ninguém ama a partir (ou em função) de seu “querer”

E aqui até arrisco dizer que quando se ama de verdade, ama-se sem saber

Porém, sempre lembrando: "quando se trata de amor de verdade"

Pelo qu’em verdade ama-se “sem desejar ou querer”

Considerando que quando alguém quer é porque não possui

E o “querer” precisa da potência da vontade

Que às vezes [ou quase sempre] é tão fraca!

 

Ama-se por amar, então

E somente por amar, e mais nada

Sem “querer” amar

Do verdadeiro amor que transcende o querer

Seja o amor entre os amantes (“amor eros”)

Seja o amor materno/paterno (“amor storge”)

Seja o amor amizade (“amor philia”)

Seja o amor altruísta (abnegado)

Seja a amor piedoso e compassivo (“amor ágape”)

Seja o amor de qualquer jeito [que for] ...

 

Raciocine comigo:

Cristo Jesus nos deu o difícil mandamento de “amar os inimigos”

O que parece [ser] a maior de todas loucuras

Pelo que contraria a nossa atual "configuração mental", da vontade que se recusa

tal prática

E nest’hora eu pergunto a todos:

Quem “conseguirá” amar seu inimigo amparado pela “potência da vontade”,

sobretudo se esta estiver contaminada por um enfermo “amor-próprio”

o qual rejeita amar a quem detesta?

Entenderam a dificuldade no cumprimento de tal ordem: amar o inimigo?

Só sacrificando o amor-próprio!

Este que se recusa a morrer (suicidar-se, então)

Posto isto, faz-se preciso indagar:

Não amo meu inimigo porque não quero ou porque não consigo?

Amar o inimigo!?

Ah! Talvez só morrendo e nascendo de novo!

Simplesmente difícil

 

Sendo assim, como fazer?

O amor verdadeiro transcende o querer, conforme foi dito

Ao que, no caso de amar a quem [d’ele] não goste, só se a mente se adentrar no

santo espaço do “compreender”

Ao que, sem dúvida, será o maior de todos os milagres

Do amor real que se fecunda e se realiza a partir da “compreensão”

Sem julgar e muito menos condenar

Sem discriminar ou escolher (a quem amar)

Sem estar preso a nenhuma “externa e suja identificação”  

E sem preciso ser mandado amar

Levando-se em conta que o amor é espontâneo

E autêntico, a ser ou "um sim" ou "um não"

Do contrário, será hipocrisia

E não será [em seu movimento] o amor [real]

É verdade, poderá ser qualquer coisa, menos amor

 

E nest’instante eu pergunto:

Seria o ódio o pior inimigo do amor?

Ao qu’eu respondo que não

O pior inimigo do amor é o “amor ao inverso” (ilusório) do que ele é (em su'essência real)

Ou, mais precisamente, o falso amor, e que usa o seu sagrado nome

Seja uma obsessão (ou paixão cega) a partir d’um doentio sentimento o qual se denomina

“amor mania”

Seja pela adoração por pessoas, bandeiras, ideologias, nacionalismos radicais (extremos)

e sem [nenhum] discernimento, pelos quais tantos odeiam e até matam

Seja em razão d'alguma neurose, a qual não compreendida nem tratada, pode levar

a um quadro de transtorno mental ou mesmo um suicídio

 

E aqui cabe bem dizer, principalmente nestes tempos de polarização política:

Quem odeia e mata em nome do [que se diz ser] amor, seja por uma pessoa, por uma

bandeira (ideologia política, religiosa, ideia, etc.) não o faz em louvor ao verdadeiro

amor (digno deste nome), mas, sim em nome d’uma venenosa idolatria a qual lhe roubou

a sensatez e a razão

E pode ter certeza, meu caro:

Tal nome, ideologia, bandeira... nada disso é digno de teu amor

Nenhum [d’eles] merece, portanto, a sua admiração ou devoção

Tal conduta é “dar aos cães o que é santo”

É “entregar as vossas pérolas aos porcos”

Até porque não se trata de amor, mas, sim, d’uma escura paixão que lhe faz violento

contra os outros e inclusive contra si mesmo

Isto sem dizer o quanto te tornas ridículo e perdendo o seu sagrado tempo

Já que você fez a bobagem de lhes ofertar o seu precioso pensamento

Pense direitinho nisto, caso inserido esteja no qu’estou dizendo

É para o seu bem qu’eu lhe digo, ó meu querido

Deixe de ser bobo!

 

Resumindo o raciocínio:

A amor [verdadeiro] não faz mal a ninguém (nem a si próprio)

Sim, o amor verdadeiro não pratica o mal contra o outro (nem contra si mesmo)

E sempre lembrando:

Não se ama “por querer”

Pelo que o movimento do amor é natural (espontâneo) e puro

A conceder [sempre] frutos de bondade, justiça, misericórdia, paz, luz ...

Enfim, amor

 

05 de julho de 2024

 

O Pincel e a Paleta
Enviado por O Pincel e a Paleta em 05/07/2024
Código do texto: T8100354
Classificação de conteúdo: seguro