Fim

Depois que reatamos, eu tentei ser a melhor pessoa do mundo, e eu fui, e sou. Só intensifiquei quem realmente sou, sou esse rapaz carinhoso, amoroso, respeitador, sensível, trabalhador, inteligente, com caráter e temente a Deus. Tentei fazer de tudo para chegar na sua expectativa, mas talvez eu não seja o suficiente, talvez aquilo que você espera de um homem, eu não possa alcançar, vamos nos separar dessa vez, porém com minha consciência limpa de que EU DEI O MEU MÁXIMO, mas não fui o suficiente, e está tudo bem. Diferente da vez que terminamos, creio que nada acontece por acaso e tudo possui o intermédio de Deus.

Do jeito que estamos, com brigas uma atrás da outra, discussões sem necessidade, precipitações, seja melhor cada um seguir seu caminho e quem sabe, quando estiver mais maduros, possamos nos reencontrar novamente, com cabeças mais formadas, e mais independentes.

Não será fácil, afinal foram quase 7 anos juntos, muitos aprendizados e conquistas, vou ficar triste por um tempo, vou sentir sua falta, mas vai passar. Deus me dará forças para continuar e seguir em frente, pois no final nada disso vai importar.

Você também não foi fácil, admito, você é a sua mãe, por vezes imatura, insensível, na maioria das vezes tinha que fazer a sua vontade, caso o contrário você arrumava confusão, ou fechava a cara… sempre foi assim e sempre será, seu senso de competitividade arruinava nosso relacionamento, pesava-o, sangrava-o, a cada vez que você me colocava em um jogo de consequência, de escolha, entre você e meus pais, especialmente minha mãe a que possui o amor semelhante ao de Deus, eu me martirizava por isso, sofria, pois isso não era certo, eu nunca fiz isso com você, e nunca faria, pois eu te amo. Nos últimos dias, parecia que o seu amor por mim havia se esvaído, o ódio tomou conta e ultrapassou seu amor por mim, simplesmente por que? Não fiz aquilo que você queria que eu fizesse? Você não se esforça para me entender, está tão fechada com sua própria vontade, que esquece que somos seres humanos diferentes, e que nem sempre os outros vão fazer aquilo que queremos que eles façam… tenho medo disso no futuro, quando estivermos casados, e tivermos filhos, como será? Cópia da sua mãe? Eu não quero isso pra mim.

Eu fiz o possível e impossível para continuarmos juntos, Deus sabe o quanto me esforcei, o quanto briguei com meus pais, o quanto abdiquei dos meus quereres para satisfazer os seus. Claro que vou sentir sua falta, das nossas conversas, dos nossos sorrisos, mas Deus irá satisfazer esse sentimento, e será o suficiente.

A angustia que eu sentia da outra vez que terminamos, eu não sinto mais, pois dessa vez eu te tratei como a menina que você merecia ser tratada, como uma princesa, mas você queria mais. Talvez os meninos que você ficou, tivessem te tratado da forma que você almejava, eu também mereço ser tratado da forma que eu mereço, você não era ruim, me tratava com carinho, me dava amor, mas isso até que ponto? Até o ponto de eu não fazer aquilo que você queria que eu fizesse, até o ponto de você impor algo, e colocar na sua cabeça que eu era um merda por não realizar o imposto por ti. Caso contrário você me colocava num pedestal e me atirava pedras, anulava todas as coisas boas que eu fazia por você, e ressaltava somente as coisas que na sua concepção me fazia ser um péssimo namorado (as coisas eram simplesmente não fazer aquilo que você queria).

Não posso apagar aquilo que vivemos, mas posso decidir se isso vai me fazer bem ou mal, te prometo que vou tentar lembrar somente das coisas boas que vivemos e dos nossos aprendizados juntos, te desejo felicidade e que você encontre alguém melhor que eu, ou que satisfaça aquilo que você procura. Sinto muito. Coraçãozinho, coraçãozinho, coraçãozinho.

Pedro Dourado e Silva
Enviado por Pedro Dourado e Silva em 04/07/2024
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