PORTO ... SOLIDÃO

Silêncio absurdo

noite extensa… insônia crônica.

Ensurdecia-me o tic-tac

de um relógio aposto a lhe

jogar o tempo na face.

Encontrei outro solitário

e assim fizemos uma parceria. O rádio…

Companheiro na hora das dores

crônicas e castradoras.

E o medo da morte

Essa foi minha sorte.

A música embalou-me

nas emoções e gelou-me

o coração. Para isto tivemos

que encararmos a dureza.

Nós? Quem?

Presos também amam…

bradou-nos a solidão,

então replicamos.

Veritas… veritas… veritas

afirmou o locutor

traduzindo aquele velho romance

em inglês no portuga.

Hi boy…

Acordei. Era somente eu, não tinha nós.

Surdo fiquei, alheio em meio ao pesadelo.

Bom dia homens de preto.

Que planeta é esse?

S o f r ê n c i a!!!...

Continuo só. Que escuridão. Minha derrota…

barca da triste e tão somente.

Só eu e Adão. Costelas.

Eugênio Costa Mimoso.

14.12.20

Eugênio Costa Mimoso
Enviado por Eugênio Costa Mimoso em 30/06/2024
Código do texto: T8097151
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