Caminhando para o desconhecido.
Todos estamos caminhando para o desconhecido.
Andamos por esta terra no máximo cem anos.
Poderíamos caminhar por toda essa terra porém muitos de nós passa o período todo morando na mesma casa andando nas mesmas ruas vendo as mesmas pessoas.
Outros sonham alto e voam alto pra bem longe.
Mas todos caminhamos para o desconhecido.
Podemos fazer mil coisas úteis ou passar vida observando a natureza como os naturalistas fazem e todos mesmo assim estamos caminhando para o desconhecido.
O desconhecido fica loga ali.
Pode ser numa esquina escura numa sexta feira treze.
Ele pode estar num acidente de carro.
No cair de um avião
Numa picada de abelha...
O desconhecido é a morte.
Somos tão frágeis ao mesmo tempo tão fortes
Sobrevivemos a guerras a catástrofe naturais
A fome as epidemias pandemias exterminação em massa
Queimaram nossos livros
Queimaram nossas casas
Queimaram nossos corpos
Mas sobrevivemos
Mas não sobrevivemos o dia que é nos chegada a hora de partir
Por uma queda banal ou uma enfermidade incurável
Então sabemos
Está na hora de partir
E pra onde vamos?
E porque viemos?
E qual o sentido disso tudo?
Eu tenho sonhos proféticos
Tenho pavor dos meus pesadelos
São tão claros
Num deles um dia meu vi todos nós numa espiral
Cada alminha que aqui se desespera guardado já num quadrado de vidro formando um imenso espiral que girava...as vezes ela parada de girar e enchergavamos ao nosso lado em seu próprio quadradinho pessoas que amávamos e então o espiral rodava e os perdia de vista.Mas não me sentia triste nem com frio do vidro ao contrário era tão confortável...mas a questão continuou para meu despertar ...onde estava indo?
Pra onde estou indo eu não sei.
Tento não perder de vista os que amo enquanto estão comigo.
As vezes perco.
E eu odeio perder.
Mas já aprendi que é necessário aprender.
As pessoas vem e vão.
As pessoas um dia acordam e não querem mais estar conosco e está tudo bem.
Aprendi a contemplar cada segundo.
Moro perto da natureza e isso já me traz certa previkegio certo alívio certa paz....embora meu espírito vive em guerra.
Observo os pássaros.
Contemplo cada tom de verde da natureza
Me alegro com uma flor e com um cântico.
Tenho aprendido a não questionar muito para onde estou indo...
Mas onde estão meus pés agora.
As vezes bato o pé com força no chão.
Para que a terra se lembre que estou aqui.
Para que eu me lembre que ainda estou aqu.i
Porque no fim estamos todos caminhando para o desconhecido.