Memórias

Vagueio entre as prateleiras das lembranças do meu passado, como alguém em busca de um livro na estante de uma biblioteca. Alguém que anseia por reviver ou revisitar momentos passados.

 

 

Em minha estante de memórias, há aquelas belas e acolhedoras, das quais reluto em me afastar. São como capítulos que aquecem o coração, como bolinhos de chuva frescos do óleo quente.

 

 

Contudo, nesta estante, também repousam memórias dolorosas. Se pudesse, em algum ponto no tempo, usaria uma borracha para apagá-las e reescrever de maneira aprimorada.

 

 

Encontro ainda lembranças que perturbam o sono, como fantasmas que persistem, tornando-se presenças indesejadas. Tento acordar desse pesadelo, imaginando que jamais ocorreu.

 

 

De toda forma, as lembranças são alicerces que moldaram quem sou. Mas, algumas persistem mais dolorosas, pois não foram tratadas como mereciam, por isso de certa maneira, elas são como correntes presas ao meu calcanhar.

Luna Gaspariny
Enviado por Luna Gaspariny em 27/06/2024
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