Calma e Alegria

Temos uma breve passagem pelo planeta terra, aqui somos espíritos revestidos de carne e osso. Somos dotados de emoções, sentimentos e desejos. Pensamos e agimos, e o decorrer da vida vai depender justamente das atitudes que tomamos. Pensar e agir, regem as decisões em nosso dia a dia. Toda e qualquer ação tem reação – é uma lei, assim como da gravidade. Ações boas terão reações desejáveis, o contrário também é verdadeiro. Em algumas filosofias orientais essa lei é chamada de carma; na Bíblia é a lei da semeadura. Sendo assim, é preciso uma busca diária de um bem estar, sentir-se bem com ser que você é.

Somente os humanos são chamados de seres pois somos os únicos animais da natureza dotados de consciência. O bem estar é um estado de consciência, e tal estado só alcançamos quando atingimos o mínimo necessário do autoconhecimento. A partir daí passamos para uma progressiva intenção de elevarmos nosso grau de autoconhecimento, a fim de tornarmos nossa própria referência e, desta forma, viver em harmonia com os outros. Estando bem consigo mesmo, abandonamos situações como medo, julgamentos, culpa e punições, trazendo benefícios ao próximo e, principalmente, a si mesmo.

Somos iguais perante o Universo, e independente de raça e cor, o bem estar aflora naturalmente já que entendemos que todos são centelhas divinas, parte do Criador, do Todo, do Uno. Daí por diante, conseguimos conduzir a vida, seja qual for a situação, com calma e alegria. E como isto acontece? Como sustentar essa condição em meio ao mundo cheio de turbulência? Sim, é possível. É possível justamente porque trata-se do estado de consciência. Jesus dormia no porão do barco, enquanto seus discípulos entravam em pânico ante a tempestade que acontecia em alto-mar, a ponto de fazer um questionamento soberbo e altivo ao mestre: “Não se te dá que morramos?”

Ora, neste sentido detectamos um ponto sensível, a saber, o medo assombroso da morte. Mas porque esse medo? Pela dor física? Ou simplesmente por não possuírem a consciência adequada a nossa condição de seres imortais. A morte física faz parte do ciclo da vida. Não obstante, Paulo exclama em Romanos: “Morrer é lucro!” Nossa familiaridade com o medo, a dor e o desespero, bloqueia a nossa capacidade de pensar nas coisas que, naturalmente, fazem parte da natureza – morrer fisicamente é uma dessas coisas. Tão natural e tão necessário quanto nascer, a morte causa espanto porque existe falta de conhecimento do que de fato somos; e, a falta do conhecimento é que traz a destruição, como diz a Bíblia no Livro de Oséias.

Conforme iniciei esse texto, diante de um Universo de bilhões e bilhões de anos, uma vida média de 80 anos, é muito, muito breve. Mas a brevidade da vida é superada com a calma e a alegria. É a calma e a alegria que dão qualidade a estes breves momentos. A Bíblia diz que o homem é como a erva do campo (Salmos 103), logo murcha e se vai. Essa comparação não nos diminui em nada, ela expressa de forma figurativa a nossa condição de rápida transitória num universo infinito. O Universo é infinito porque Deus é Infinito, e se somos a imagem e semelhança de Deus, portanto também somos infinitos.

A expansão da consciência é a navegação pelo poder do Eu Sou do Livro de Êxodos – Eu Sou é o Deus em nós, é a nossa natureza pecaminosa sendo suprimida pelo conhecimento, o entendimento da imortalidade do nosso ser quando nos identificamos com Deus. Doravante, ficamos com as palavras de Jesus no Livro de João capítulo 11: “Eu Sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim não morrerá, eternamente.”

Concluo então que viver o aqui e o agora é a nossa eternidade, que representa a nossa liberdade ante ao mundo físico, onde toda matéria é perecível.

Ronn Federici
Enviado por Ronn Federici em 25/06/2024
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