Não lugar

Corvo sombrio de vitral, sob o manto de um oceano noturno, acima da floresta de árvores de pedras, voa sem direção em meio a canções sem som perdidas, cantada por atrás de máscaras nunca vistas em reflexos. Ave invisível das asas quebradas, voando no silêncio na noite, seguindo em meio a brisa gelada perdida, buscar encontrar onde talvez possa sonhar. Pássaro de nenhum lugar, por um momento a rosa selvagem enxergou, mas logo a criatura condenada no silêncio do não lugar voltou a voar.