O REAL E O TEMPO
Ao contrário da objetividade matemática, cujo número infinito de fatos corresponde aos objetos matemáticos no universo real em que nos encontramos, comumente, quando refletimos sobre o tempo e a verdade, nos vem à mente um sentido de realidade meramente emergente como uma ilusão precedida por uma realidade atemporal sem conteúdo na formulação fundamental do que é tangível na física, somente pertinente ao que é real no momento, gerando uma série sucessiva de ágoras sem transcendências.
Dentro desse pensamento, a existência de toda representação, valores e ética são nossa projeção num mundo de matemática e sociedade limitadas.
Contudo, a evolução dos princípios demanda que o tempo seja real, e a lógica entrever que as formulações corretas da gravidade quântica, as questões mais profundas da cosmologia e a mecânica da evolução das leis exija o postulado de que o tempo seja real e fundamental, pois, o futuro por vir, e as projeções imaginativas e sociais nos quais viveremos existirão pelas escolhas que faremos.
Demais, por seu caráter permanente, a realidade e a verdade vão além do tempo, pois, o que é verdade, sempre será real independentemente da falta de compreensão, descrença ou ignorância, dentro do momento em que acontece e de suas consequências após o fato.