Alguém ainda lê isso?!
Não conte com ninguém e para ninguém
Sobre suas dores físicas ou emocionais
Suas feridas é só você quem pode cura-las
Através dos meus olhos, somente eu conheço os limites. Ninguém pode ultrapassar.
Minha vida anda acelerada como uma arritmia.
Ainda não consegui desacelerar
Ainda não consegui acertar.
Esse gosto de sangue em minha boca
Antecede seu queixo quebrado
Somente para ilustrar a fúria entalada.
Meus dias são carrosseis girando como uma puta que enlouqueceu
Hostilidade é meu terreno fértil
Bolando palavras ácidas em todo descontentamento...
Solidão é adrenalina, correndo em minhas veias prestes a foder tudo
Mente aos trancos, esquecendo rostos
O quanto mais doloroso possível
Óssio funebre,
Passível de um surto,
Sou um babaca de minhas escolhas
Mas rei da minha personalidade
Não sou o filhinho de papai e mamae
Tenho o mundo nas costas - peso e liberdade. Teço o amor como teia, mas firo como ferruada de abelha
Um caminho solitário para alguém apagando aos poucos, de sono, de inexistência.
Um texto imenso como a minha dor, que ninguém lê, que ninguém sente
Enfraquecido pelo desespero silencioso, mas com uma chama queimando pela esperança e pela purificação
Fruto da inteligência são tolos os que pensam que não observo
Sou a porra de um homem, que vence esmurrando emoções
Com sangue nas lágrimas..
[Inspiração; Hippie Sabotage - Running Miles]