Alguém ainda lê isso?!

Não conte com ninguém e  para ninguém

Sobre suas dores físicas ou emocionais

Suas feridas é  só  você quem pode cura-las

Através dos meus olhos, somente eu conheço  os limites. Ninguém pode ultrapassar.

Minha vida anda acelerada como uma arritmia.

Ainda não consegui desacelerar

Ainda não consegui acertar.

Esse gosto de sangue em minha boca

Antecede seu queixo quebrado

Somente para ilustrar a fúria entalada.

Meus dias são carrosseis girando  como  uma puta que enlouqueceu

Hostilidade é  meu terreno fértil

Bolando palavras ácidas em todo descontentamento...

Solidão é  adrenalina,  correndo em minhas veias prestes a foder tudo

Mente aos trancos,  esquecendo  rostos

O quanto mais doloroso possível

Óssio funebre,

Passível de um surto, 

Sou um babaca  de minhas escolhas

Mas rei da minha personalidade

Não sou o filhinho  de papai e mamae

Tenho o mundo nas costas - peso e liberdade. Teço  o amor como teia, mas firo como ferruada  de abelha

Um caminho solitário  para alguém apagando aos poucos,  de sono,  de inexistência.

Um texto imenso como a minha dor, que ninguém lê,  que ninguém sente

Enfraquecido pelo desespero silencioso,  mas com uma chama  queimando  pela esperança e  pela purificação

Fruto da inteligência  são tolos os que pensam que não observo

Sou a porra de um homem, que vence esmurrando  emoções

Com sangue nas lágrimas..

[Inspiração; Hippie Sabotage - Running Miles]

Wel Soares
Enviado por Wel Soares em 20/06/2024
Reeditado em 20/06/2024
Código do texto: T8090164
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