Eu não existo II
Eu poderia escrever poemas de amor para você, mas não seria eu!
Sinto um grande vazio onde deveria estar tantas coisas que joguei fora.
Me sinto presa nessas correntes invisíveis que me sufocam, me asfixiam lenta e repetidamente,
me torturam, me oprimem, me fazem desfalecer e esquecer que existo.
Não existo sem elas e fui eu quem as escolhi,
me entrelacei com um abraço apertado e gentil e aos poucos, como raízes de ervas daninhas,
foram me tomando, me apertando, me fazendo desaparecer.
Sou uma sombra que poucos enxergam e ninguém vê.
Eu não existo!